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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fotos TNT Anastácio 2012

Na última semana, o Pr Ricardo esteve na aldeia de Limào Verde, no MS, para ministrar o TNT aos pastores e líderes indígenas da região. Foi um tempo muito gostoso e edificante ao estudar o livro de Gênesis  com esses irmãos queridos.



















PASTORAL- Salvando Crianças Enterradas Vivas


SALVANDO CRIANÇAS ENTERRADAS VIVAS



         Reginaldo nasceu após 7 meses de gestação. Na aldeia dele havia uma crença de que se a criança não nascesse depois de uma gestação “normal” (9 meses), ela estaria amaldiçoada pelos espíritos maus. Com medo, o cacique da aldeia mandou os pais de Reginaldo o enterrarem vivo. Mas eles não tiveram coragem. Apenas largaram o bebê em uma cova aberta, sozinho, para morrer. Graças a Deus, a avó dele foi escondida e o resgatou. Hoje, Reginaldo é pastor entre os índios Kaiowás, um dos participantes do TNT.
         Outra aldeia Kaiowá no Mato Grosso do Sul é reconhecida pela ONU como um dos lugares com maior índice de suicídio do mundo. A taxa de mortalidade por esse motivo é 19 vezes maior do que a média nacional. Todos os dias um índio daquela aldeia tira sua própria vida.
         Quantos outros povos no mundo sofrem pelos mesmos motivos que os Kaiowás?
         O evangelho é a única solução para os problemas de mortalidade entre os índios e os brancos. Histórias como a do Reginaldo e tantas outras que conhecemos, devem nos motivar a investir nossa vida em Missões!
         Reflita no texto abaixo: qual tem sido seu papel nesse processo?

“... todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo".
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram?
E como crerão naquele de quem não ouviram falar?
E como ouvirão, se não houver quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados?
Como está escrito: "Como são belos os pés dos que anunciam boas novas!"
(Rm 10:13-15)

         Que Deus nos ajude a vivermos para pregar o evangelho, orarmos pelos perdidos e investirmos em Missões.
          Que sejamos usados por Ele para salvar crianças enterradas vivas.

Pr. Ricardo

quarta-feira, 18 de abril de 2012

AJOELHAI- Musical e Dramatização



VIDEO ILUSTRATIVO- Grupo EMME apresentando o musical em 2010


PAGUE SEUS IMPOSTOS- Ary Velloso


Pague seus impostos!



“Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência. É por isso também que vocês pagam imposto, pois as autoridades estão a serviço de Deus, sempre dedicadas a esse trabalho.

Dêem a cada um o que lhe é devido: se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra.” – Rm 13:5-7

ü      Não devemos obedecer às leis apenas porque tememos ser presos ou punidos de alguma forma.
ü      Não devemos pagar nossos impostos apenas porque sabemos que corremos o risco de cair na “malha fina”.

A maioria das pessoas seguem às leis por causa disto, mas esta não deve ser a conduta de um cristão! A razão para o cristão obedecê-las é porque isto é correto perante Deus e sua consciência deve estar limpa perante Ele.

Mesmo que os governantes não tenham consciência de executarem o papel que lhes é dado por Deus, são de qualquer forma, em algum sentido, servos dEle, e portanto o cristão deve pagar os impostos necessários para manter o governo que Deus pôs no poder. (Geoffrey B Wilson)

Você pode não gostar da quantidade de impostos que seu governo coleta, mas Paulo deixa claro que o governo tem este direito e os cristãos devem pagá-los! Não temos o direito de sonegar porque o dinheiro não é empregado da maneira que gostaríamos, está claro!?

Os romanos na época em que Paulo escreveu tinha os mesmos problemas que nós com os impostos, e ele lhes disse claramente: “Se você deve algum imposto, pague!”


Ary Velloso

FONTE: CDL PIBA

terça-feira, 17 de abril de 2012

PASTORAL- 15/04/12


DECEPCIONADOS COM A IGREJA


                Você já conheceu alguém (talvez você mesmo) que se iludiu acreditando que achou a igreja perfeita? Talvez depois da primeira visita, do primeiro sermão ou de uma programação de comunhão, a empolgação foi tanta que já estava decidido fazer parte daquela igreja. Mas com o passar do tempo (talvez pouco tempo), a frustração toma conta. O pastor na verdade não tem 24h de disponibilidade, os membros também pecam, nem sempre o grupo de louvor toca seu estilo favorito, a dinâmica da igreja não é tão acelerado, ou é demais.
            É triste saber que existem crentes, sinceros em sua busca, mas que não se firmam em igreja nenhuma. Permanecem até a frustração ser “insuportável”. Se você é assim, aqui vai uma má notícia: NÃO EXISTE IGREJA PERFEITA!
            Por isso, quando olhamos para as cartas escritas para igrejas no Novo Testamento, o autor sempre trata em como lidar com as diferenças de opiniões e com as frustrações:

Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos.
Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. (Fp 2:3-4).

Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor.
Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. (Ef 4:3-4).

            Não existe igreja perfeita. A igreja é um ambiente para você colocar em prática a humildade (de abrir mão das suas preferências em prol do outro) e o amor (amando independente da atitude do outro- I Co 13), investindo na vida do seu irmão e permitindo que ele invista na sua vida, até que alcancemos o nosso alvo (Ef 4:11- 13). Assim Deus é adorado pelo Corpo de Cristo.
            O que é essencial e inegociável para uma igreja de Cristo é fidelidade à Palavra de Deus (Bíblia) na sua pregação e prática. Como você reage diante de algumas frustrações em nossa igreja?

Pr. Ricardo

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Carta a Um Jovem Evangélico que Faz Sexo com a Namorada- Augustus Nicodemus Lopes


Carta a Um Jovem Evangélico que Faz Sexo com a Namorada




[Os nomes foram trocados para proteger as pessoas. Embora algumas circunstâncias mencionadas na carta sejam totalmente fictícias, o caso é mais real do que se pensa...]

Meu caro Ricardo,

Ontem estive pregando em sua igreja e tive a oportunidade de rever João, nosso amigo comum. Não lhe encontrei. João me disse que você e a Raquel, sua namorada, tinham saído com a turma da mocidade para um acampamento no fim de semana e que só regressariam nessa segunda bem cedo.

Saí com o João para comer pizza após o culto e falamos sobre você. João abriu o coração. Ele está muito preocupado com você, desde que você disse a ele que tem ido com Raquel para motéis da cidade e às vezes até mesmo depois do culto de jovens no sábado à noite. Ele falou que já teve várias conversas com você mas que você tem argumentado defendendo o sexo antes do casamento como se fosse normal e que pretende casar com Raquel quando terminarem a faculdade.

Ele pediu minha ajuda, para que eu falasse com você, e me autorizou a mencionar nossa conversa na pizzaria. Relutei, pois acho que é o pastor de sua igreja que deve tratar desse assunto. Você e a Raquel, afinal, são membros comungantes dessa igreja e estão debaixo da orientação espiritual dela. Mas, João me disse que o pastor faz de conta que não sabe que essas coisas estão acontecendo na mocidade da igreja. Como sou amigo da sua família fazem muitos anos, desde que vocês freqüentaram minha igreja em São Paulo, resolvi, então, escrever para você sobre esse assunto, tendo como base os argumentos que você usou diante de João para justificar sua ida a motéis com a Raquel.

Se entendi direito, você argumenta que não há nada na Bíblia que proiba sexo antes do casamento. É verdade que não há uma passagem bíblica que diga "não farás sexo antes do casamento;" mas existem dezenas de outras que expressam essa verdade com outras palavras e de outras maneiras. Podemos começar com aquelas que pressupõem o casamento como sendo o procedimento padrão, legal e estabelecido por Deus para pessoas que desejam viver juntas (veja Mateus 9:15; 24:38; Lucas 12:36; 14:8; João 2:1-2; 1Coríntios 7:9,28,39), aquelas que abençoam o casamento (Hebreus 13:4) e aquelas que se referem ao divórcio - que é o término oficial do casamento - como algo que Deus aborrece (veja Malaquias 3:16; Mateus 5:31-32).

Podemos incluir ainda aquelas passagens contra os que proíbem o casamento (1Timóteo 4:3) e as outras que condenam o adultério, a fornicação e a prostituição (veja Mateus 5:28,32; 15:19; João 8:3; 1Coríntios 7:2; 6:9; Gálatas 5:19; Efésios 5:3-5; Colossenses 3:5; 1Tessalonicenses 4:3-5; 1Timóteo 1:10; Hebreus 13:4; Apocalipse 21:8; 22:15). Qual é o referencial que nos possibilita caracterizar esses comportamentos como desvios, impureza e pecado? O casamento, naturalmente. Adultério, prostituição e fornicação, embora tendo nuances diferentes, têm em comum o fato de que são relações sexuais praticadas fora do casamento. Se o casamento, que implica num compromisso formal e legal entre um homem e uma mulher, não fosse a situação normal onde o sexo pode ser desfrutado de maneira legítima, como se poderia caracterizar como desvio o adultério, a fornicação ou a prostituição? A Bíblia considera essas coisas como pecado e coloca os que praticam a impureza sexual e a imoralidade debaixo da condenação de Deus - a menos que se arrependam, é claro, e mudem de vida.

Você argumenta também que o casamento é uma conveniência humana e que muda de cultura para cultura. Bom, é certo que o casamento tem um caráter social, cultural e pessoal. Todavia, do ponto de vista bíblico, não se pode esquecer que foi Deus quem criou o homem e a mulher, que os juntou no jardim, e disse que seriam uma só carne, dando-lhes a responsabilidade de constituir família e dominar o mundo. O casamento é uma instituição divina a ser realizada pelas sociedades humanas. Embora as culturas sejam distintas, e os rituais e procedimentos dos casamentos sejam distintos, do ponto de vista bíblico o casamento implica em reconhecimento legal daquela união por quem de direito, trazendo implicações para a criação e tutela dos filhos, sustento da casa e também responsabilidades e conseqüências em caso de separação e repúdio. Quando duas pessoas resolvem ir morar juntas como se fossem casadas, essa decisão não faz delas pessoas casadas diante de Deus - mas (desculpe a franqueza), pessoas que estão vivendo em imoralidade sexual.

É verdade que a legislação de muitos países tem cada vez mais reconhecido as chamadas uniões estáveis. É uma triste constatação que o casamento está cada vez mais sendo desvalorizado na sociedade moderna ocidental. Todavia, esses movimentos no mundo e na cultura não são a bússola pela qual a Igreja determina seu norte - e sim a Palavra de Deus. Em muitas culturas a legislação tem sancionado coisas que estão em contradição com os valores bíblicos, como aborto, eutanásia, uniões homossexuais, uso de drogas, etc. A Igreja deve ter uma postura crítica da cultura, tendo como referencial a Palavra de Deus.

O João me disse ainda que você considera que o mais importante é o amor e a fidelidade, e que argumentou que tem muita gente casada mas infeliz e infiel para com o cônjuge. Ricardo, é um jogo perigoso tentar justificar um erro com outro. Gente casada que é infiel não serve de desculpas para quem quer viver com outra pessoa sem se casar com ela. Além do mais, como pode existir o conceito de fidelidade numa união que não tem caráter oficial nem legal, e que não teve juramentos solenes feitos diante de Deus e das autoridades constituídas? Mesmo que você e sua namorada façam uma "cerimônia" particular onde só vocês dois estão presentes e onde se casem a si mesmos diante de Deus - qual a validade disso? As promessas de fidelidade trocadas por pessoas não casadas têm tanto valor quanto um contrato de gaveta. Lembre inclusive que não é a Igreja que casa, e sim o Estado. Naqueles casamentos religiosos com efeito civil, o pastor ou padre está agindo com procuração do juiz.

Não posso deixar de mencionar aqui que na Bíblia o casamento é constantemente referido como uma aliança (veja Ezequiel 16:59-63). Deus é testemunha dessa aliança feita no casamento, a qual também é chamada de "aliança de nossos pais", uma referência ao caráter público da mesma (não deixe de ler Malaquias 2:10-16).

Não fiquei nem um pouco surpreso com seu outro argumento para fazer sexo com sua namorada, que foi "é importante conhecer bem a pessoa antes do casamento". Já ouvi esse argumento dezenas de vezes. E sempre o considerei uma burrice - mais uma vez, desculpe a franqueza. Em que sentido ter relações sexuais com sua namorada vai lhe dar um conhecimento dela que servirá para determinar se o casamento vai dar certo ou não? Embora o sexo seja uma parte muito importante do casamento, o que faz um casamento funcionar são os relacionamentos pessoais, a tolerância, a compreensão, a renúncia, o amor, a entrega, o compartilhar... você pode descobrir antes do casamento que sua namorada é muito boa de cama, mas não é o desempenho sexual de vocês que vai manter ou salvar seu casamento. Esse argumento parte de um equívoco fundamental com relação à natureza do casamento e no fim nada mais é que uma desculpa tola para comerem a sobremesa antes do almoço.

Agora, o pior argumento que ouvi do João foi que você disse "a graça de Deus tolera esse comportamento." Acho esse o pior argumento porque ele revela uma coisa séria em seu pensamento, que é tomar a graça de Deus como desculpa para um comportamento imoral. Esse sempre foi o argumento dos libertinos ao longo da história da igreja. O escritor bíblico Judas, irmão de Tiago, enfrentou os libertinos de sua época chamando-os de "homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo" (Judas 4). Esse é o caminho de Balaão "o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição" (Apocalipse 2:14). É a doutrina da prostituta-profetisa Jezabel, que seduzia os cristão "a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos" (Apocalipse 2:20) e a conhecer "as coisas profundas de Satanás" (Apocalipse 2:24).

Como seu amigo e pastor, permita-me exortá-lo a cair fora dessa maneira libertina de pensar, Ricardo, antes que sua consciência seja cauterizada pelo engano do pecado (Hebreus 3:13). Ainda há tempo para arrependimento e mudança de atitude. A abstinência sexual é o caminho de Deus para os solteiros, e esse estilo de vida é perfeitamente possível pelo poder do Espírito, ainda que aos olhos de outros seja a coisa mais careta e retrógrada que exista. Se você realmente pensa em casar com a Raquel e constituírem família, o melhor caminho é pararem agora de ter relações e aguardarem o dia do casamento. Vocês devem confessar a Deus o seu pecado e um ao outro, e seguir o caminho da abstinência, com a graça de Deus.

Estou à sua disposição para conversarmos pessoalmente. Traga a Raquel também. Estou orando por vocês.

Um grande abraço,Pr. Augustu

terça-feira, 10 de abril de 2012

Eu estou vivo!


Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. 
(Gl 2:20)

PASTORAL 08/04/12- O MEDO DE MORRER E O TÚMULO VAZIO


O MEDO DE MORRER E O TÚMULO VAZIO


                Em uma época da minha vida, passei algumas noites sem dormir com medo de morrer. Tinha medo de ter alguma doença grave ou de sofrer um acidente. Não dormia porque tinha medo de “acordar” morto. Talvez você já tenha passado por isso. Pode ser que alguns ainda passam.
            Mas hoje, no domingo de Páscoa, comemoramos o fim desse medo! Quando Cristo ressuscitou, deixando o túmulo vazio, a morte perdeu o seu poder sobre nós!
"Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão? "
O aguilhão da morte é o pecado...
Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
(II Co 15:55-57)
            Quando João fala que Deus é amor, e que esse amor é manifestado em Cristo, logo, quem tem esse amor, não tem o porque ter medo morrer!
“No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo...”
(I Jo 4:18)
Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?" (Jo 11:25-26)
            Mas talvez você pense: “ainda assim, se Cristo não voltar, experimentaremos a morte física”. Sim, mas uma história que eu ouvi parece ser a realidade para aqueles que têm a Cristo:
            Certa vez, uma mãe explicando para seu filho como era morrer com Cristo, lhe perguntou: sabe quando você dorme no sofá, e mesmo sem acordar e vê, seu pai lhe pega e põe na cama, e no dia seguinte você acorda sem saber como chegou lá? Assim será nossa morte: quando “acordarmos”, já estaremos no céu.
            Louvado seja Deus pela esperança que o túmulo vazio de Cristo nos dá!
Pr. Ricardo

quinta-feira, 5 de abril de 2012

JESUS não é um dos, mas O...



    


JESUS não é um dos, mas O...

Kevin DeYoung é o pastor da University Reformed Church em East Lasing, MI, EUA. Obteve sua graduação pelo Hope College e seu mestrado pelo Gordon-Conwell Theological Seminary. É autor de diversos livros, preletor em conferências teológicas e pastorais, é cooperador do ministério "The Gospel Coalition" e mantém um Blog na internet "DeYoung, restless and reformed". Kevin é casado com Trisha com quem tem 4 filhos.

Há uma pergunta fundamental que todos nós temos de enfrentar. Por "fundamental", não quero dizer que ela é a única pergunta que temos de responder. O que pretendo dizer é que esta pergunta é tão importante que, se você a entende errado, você entenderá errado a maioria das coisas que são realmente importantes. A pergunta fundamental é aquela famosa pergunta que Jesus fez aos discípulos em Cesareia de Filipe: "Vós, quem dizeis que eu sou?" (Mc 8.29).
Talvez alguns se surpreendam com o fato de que Jesus fez esta pergunta. A pergunta fundamental para Jesus não é "Quem são os seus pais?", ou "Você tem mente aberta?", ou "O que você fará para mim?" A pergunta fundamental diz respeito ao que você crê. Jesus está interessado na fé e começa com doutrina.
Há pouco tempo, enquanto eu andava por um ponte que fica perto de nossa igreja, vi um grafite que dizia: "Eu não preciso de religião. Eu tenho uma consciência". Posso apenas imaginar o que aquele grafiteiro estava tentando dizer, mas penso que ele (ou ela) admite que a religião é apenas um truque para levar as pessoas a se reorientarem e se comportarem melhor. A religião é para ele nada mais do que um código moral para se fazer o bem. E quem precisa de um código religioso, com todos os seus rituais e acessórios institucionais, se tem uma consciência?
No entanto, o grafiteiro entendeu muito mal o cristianismo. A pergunta fundamental para Jesus não é "Você fará o que eu quero que você faça?", e sim "O que você diz que eu sou?" Tudo flui de um entendimento correto sobre Jesus – não somente o que ele ensinou ou o que ele fez, mas quem ele é.
Inicialmente, Jesus perguntou aos discípulos: "Quem dizem os homens que sou eu?" (Mc 8.27). Em outras palavras: "O que vocês estão ouvindo as pessoas dizerem sobre mim? O que elas falam nas ruas?" Os discípulos deram três respostas: "Uns estão convencidos de que tu és João Batista; outros acham que tu és Elias. E existem outros que não têm certeza e pensam que tu és um dos profetas". Isso é impressionante. Aquelas pessoas reconheceram que Jesus era um homem que ensinava o caminho de Deus, um líder que chamava o povo de volta para Deus. Sabiam que Jesus fazia milagres como Elias, falava com autoridade como os profetas e tinha seguidores como João. Nada mau. Chamar Jesus de "um dos profetas", depois de quatro séculos de anos silenciosos, após Malaquias, é uma afirmação impressionante.
No entanto, as multidões estavam muito erradas. Jesus não é um dos; ele é o. Jesus não é um apontador como João Batista, Elias ou um dos profetas. Ele é o ponto. Parece muito nobre chamar Jesus de um profeta, um mestre popular, um realizador de maravilhas, um homem bom, um exemplo brilhante ou uma parte de uma extensa lista de pessoas iluminadas. Contudo, todas essas descrições erram no que diz respeito a quem é Jesus. Em todas elas, você está dizendo que Jesus é um dos (cf. v. 28). E, se você diz que Jesus é apenas um dos e não o, você não o entendeu. Você não percebe quem ele realmente é. Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16).
Talvez você pense que esteja dizendo coisas complementares sobre Jesus, quando o chama de um dos profetas, um grande homem ou um mestre iluminado. Contudo, você não o está realmente complementando. É como dizer que o sol é uma das muitas luzes que usamos para iluminar a casa, que Michael Jordan costumava jogar basquete para os Bulls ou que Barack Obama possui uma casa em Chicago. Essas afirmações são todas verdadeiras. Mas são também falsas porque não dizem o bastante. O sol é a estrela de nosso sistema solar. Michael Jordan é o melhor jogador de basquete de todos os tempos. Barack Obama é o presidente dos Estados Unidos. Se você não diz essas coisas, não está dizendo o que é realmente importante. Por não dizer o que é mais importante e mais singular, você está, na verdade, dizendo algo enganador.
No que diz respeito a identificar Jesus, verdades parciais que ignoram a verdade maior acabam contando uma mentira. É verdade que Jesus é um profeta (Mc 6.4; Dt 18.18). Mas ele não é como João Batista. Jesus não é outro Elias. Ele não é meramente um dos profetas. Jesus é aquele para quem todos os outros profetas apontavam. Por isso, chamar Jesus de profeta e nada mais do que um profeta equivale a não compreender, no nível mais profundo, quem é este homem. Se você descrevesse sua esposa como "uma mulher bonita entre muitas mulheres bonitas no mundo", como "uma pessoa que eu respeito profundamente" ou como "a última numa extensa lista de mulheres que amei", a sua esposa ficaria satisfeita? É claro que não. Você a teria menosprezado com elogios fracos. Você a teria insultado por diminuir sua singularidade e descrevê-la em termos muito aquém do que ela merece.
Portanto, rejeite todas essas descrições ilógicas de que Jesus é como Maomé, como Buda, como Dalai Lama, Ghandi ou a sua avó piedosa. Ele não é como ninguém mais. E, por isso, não fiquemos impressionados quando alguém chama Jesus de um homem bom, uma pessoa iluminada ou um dos profetas. Ele não é um dos, ele é O.

Traduzido por: Francisco Wellington Ferreira
Editor: Tiago Santos

Copyright © Kevin DeYoung 2012
Copyright © Editora Fiel 2012

Traduzido do original em inglês: Not one of, but the One, por Kevin DeYoung, publicado no site: www.thegospelcoalition.com.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Palavrão? @#%*!!!! Como assim?!


Palavrão? @#%*!!!! Como assim?!

O Solano Portela já escreveuaqui sobre palavrão. Acredito que ele já mostrou com clareza os argumentos bíblicos para que os seguidores de Jesus não fiquem usando palavrões em suas comunicações, faladas ou escritas. Há outros argumentos baseados no bom senso, educação e etc.

É que de vez em quando leio os murais e comentários de alguns dos mais de 3 mil "amigos" que tenho no Facebook e não poucas vezes me deparo com murais compartilhando fotos meio-eróticas, palavrões, para não falar de comentários cheios de palavras chulas e palavrões do pior tipo. Sei que boa parte destes amigos não são crentes em Jesus Cristo. Mas estou me referindo aos que se identificam como crentes, que postam tanto declarações de fé e amor a Jesus quanto material chulo.

Os argumentos a favor do uso de palavrões pelos crentes podem parecer bons: todo mundo usa, trabalho ou estudo num ambiente de descrentes e não quero parecer um ET, não tenho nenhuma intenção maligna ou pornográfica, etc.

O problema - para os crentes que tomam a Bíblia como regra de fé e prática e como o referencial de Deus para suas vidas - é o que fazer com estas passagens:

"Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem" (Ef 4:29).

"3 Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos;  4 nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças.  5 Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.  6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.  7 Portanto, não sejais participantes com eles" (Ef 5:3-7).

"34  Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração.  35 O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más.  36 Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo;  37 porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado" (Mat 12:34-37).

"Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes" (1Cor 15:33)".

"Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar" (Col 3:8).

"A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um" (Col 4:6).

"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento". (Filip 4:8).

As interpretações destes versículos podem variar entre si, mas resta pouca dúvida de que o conjunto deles traz uma mensagem uniforme: o filho de Deus é diferente do mundo, no que pensa e no que fala. A pureza e a santidade requeridas na Bíblia para os cristãos abrange não somente seus atos como também seus pensamentos e suas palavras.

Eu sei que muitos vão dizer que o problema é a definição de palavrão. Entendo. Sei que palavras que ontem arrepiavam os cabelos de quem as ouviam, hoje viraram parte do vocabulário normal. Sei também que palavras que são palavrão numa região do Brasil não são em outra. Mesmo considerando tudo isto, ainda há muitos cristãos que usam palavrões no sentido geral e normal. É só ler blogs, comentários em blogs, murais e comentários no Facebook, tuítes da parte de gente que se diz crente.

Acho que a vulgarização do vocabulário dos evangélicos é simplesmente o reflexo do que já temos dito aqui muitas outras vezes: o cristianismo brasileiro é superficial, tem muita gente que se diz evangélica mas que nunca realmente experimentou o novo nascimento, as igrejas evangélicas estão cedendo ao mundanismo e ao relativismo da nossa sociedade. em vez de sermos sal e luz estamos nos tornando iguais ao mundo no viver, agir, pensar e falar.

Proponho o retorno daquele corinho que aprendíamos quando éramos crianças nos departamentos infantis das igrejas históricas:

"O sabão, lava meu rostinho
Lava meu pezinho, lava minha mão.
Mas, Jesus, prá me deixar limpinho,
Quer lavar meu coração".

PS: Comentários com palavrões não serão publicados, obviamente!

(fonte: http://tempora-mores.blogspot.com.br/2012/02/palavrao-como-assim.html )