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terça-feira, 28 de agosto de 2012

LIBERDADE CRISTÃ- como usá-la?


          

          A Bíblia nos ensina que somos livres em Cristo. O que isso significa? De certa forma, somos livres do que chamamos de “legalismo” (lei), ou seja, um conjunto de regras que se obedecidas vão nos salvar. Somos livres porque nossa salvação não depende do que fazemos, mas do que Cristo fez por nós (cf Ef 2:8-9).

            E então? Somos livres para viver do jeito que queremos?

"Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não  deixarei que nada me domine. Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês. (I Co 6:12; 20)

            Não! Não podemos viver do jeito que queremos. Nossa liberdade não deve ofender a natureza santa de Deus. Em outras palavras, não posso usar a minha liberdade para pecar! Se a Bíblia me ensina que a mentira é pecado, porque Deus é a verdade, não devo usar minha liberdade para mentir.

            Quando nos tornamos livres da escravidão do pecado, nos tornamos escravos de Deus:

Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a quem obedecem: escravos do pecado que leva à morte, ou da obediência que leva à justiça? Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça. (Rm 6:16-18)

            Outro limite para nossa liberdade é a consciência do outro. Uma atitude (mesmo que não condenada por Deus em Sua palavra) que não edifica o próximo, pelo contrário, o escandaliza, deve ser evitada.

"Tudo é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo é permitido", mas nem tudo edifica. Ninguém deve buscar o seu próprio bem, mas sim o dos outros. (I Co 10:23-24)

            Resumindo, minha liberdade deve ser usada para outros (Deus e o próximo) e não para mim. Um paradoxo não? Assim é a vida (e a liberdade) cristã. Nunca focada em mim!

Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor. (Gl 5:13)

REFLEXÃO- pense na liberdade de Deus e como Ele a utilizou para nos servir e Se glorificar.

Pr. Ricardo

terça-feira, 21 de agosto de 2012

FAÇA SEU PEDIDO



            Você já sonhou em achar uma lâmpada mágica com um gênio pronto para atender três pedidos seus? Eu já. Mas acho que três pedidos seriam pouco para mim. Dois homens tiveram uma oportunidade parecida com essa. Ao invés de pedirem a um gênio (que não existe), eles tinham a possibilidade de pedir ao próprio Jesus, que é Deus.

"Mestre, queremos que nos faças o que vamos te pedir". (Mc 10:35).

            Nessa passagem, Jesus tinha acabado de falar sobre Sua morte e ressurreição, então Tiago e João vieram conversar com Ele. Pela importância do assunto que estava sendo tratado, esperamos que o pedido seja algo espiritual e piedoso. Segue o pedido:

"Permite que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda".
 (Mc 10:37).

            Em outras palavras, eles pediram para serem os mais honrados no céu depois de Jesus. Enquanto o mestre ensinava sobre servir com a sua própria vida, os discípulos estavam preocupados em serem servidos.

            Assim somos nós na vida cristã, quando estamos mais preocupados em sermos servidos por Deus (pedindo curas, bênçãos, conforto e vida fácil) enquanto Ele quer que entendamos a vontade dEle para nossa vida, que deve ser dedicada para a Sua glória.
            Para ensinar isso, logo depois desse pedido dos discípulos, Jesus encontra com o cego Bartimeu que gritava por misericórdia. Jesus lhe pergunta:

"O que você quer que eu lhe faça? ", perguntou-lhe Jesus. O cego respondeu: "Mestre, eu quero ver! ". (Mc 10:51).

            Apesar de ser um pedido de cura, o milagre ilustra que Jesus quer nos dar visão do que realmente importa no reino de Deus. Bartimeu, após ser curado, passa a seguir a Cristo.

            Nessa história, os discípulos pediram para serem honrados, e Bartimeu pediu para poder enxergar. Nas suas orações, o que você pede? Honra ou a capacidade de enxergar a vontade de Deus para sua vida? Reflita na oração de Paulo que ilustra o que devemos pedir ao nosso Mestre em Efésios 1:17- 19 e 3:14- 19.

            "O que você quer que eu lhe faça? " ... pergunta Jesus.

Pr. Ricardo

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

QUEM É NOSSO VERDADEIRO SOCORRO?

MÃE DO PERPÉTUO SOCORRO


       Confesso que fiquei chocado ao saber que em Socorro o dia da “padroeira” é mais importante que o aniversário da cidade. Tanto que no dia dela é feriado, enquanto no dia da cidade é apenas ponto facultativo (isso porque o estado se diz laico... mas isso é outro assunto). Por isso, durante a semana fiz uma pesquisa sobre a “Nossa” (deles) senhora do perpétuo socorro, e gostaria de fazer uma reflexão bíblica sobre o que descobri.

A “mãe do perpétuo socorro” se trata de um quadro pintado por volta do século XV. Diz a lenda que foi pintado pelo próprio Lucas, escritor do evangelho. Nele, vemos a imagem dos “arcanjos” Miguel e Daniel, trazendo os instrumentos que simbolizam a paixão de Cristo: a cruz, os pregos, a lança (que o perfurou depois de morto) e a vara com uma esponja ensopada em vinagre. No centro do quadro, Jesus ainda menino, quando vê os anjos com os instrumentos de tortura se assusta e se agarra na mãe, deixando uma de suas sandálias cair. Enquanto isso, Maria o segura firmemente com um olhar de ternura, sendo o refúgio e socorro do pobre menino indefeso.

            Resumindo, essa semana será comemorado a adoração a um quadro que retrata Jesus como um bebê indefeso, e Maria como a que tem poder de proteger até o Salvador do mundo. Muitos milagres são atribuídos ao quadro, inclusive quando ele foi roubado e recuperado.

            À luz da Bíblia, vamos refletir sobre tudo o que está envolvido nesse feriado. Primeiro a adoração ao quadro (sim, o quadro é que é adorado e venerado):

“Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor, sou Deus zeloso...” (Ex 20:4-5- 2º. Mandamento).

            Sobre Maria ser a protetora de Jesus, vemos uma oração (cântico) feita por ela mesma no evangelho de Lucas 1:47

            “... e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”.

            Nessa oração vemos que ela também precisa de um Salvador. Quem precisa ser salvo não salva ninguém. Em outra ocasião vemos que Maria foi rejeitada pelo próprio Jesus, pois não havia crido em Sua divindade, mas o achava louco:

“Quando seus familiares ouviram falar disso, saíram para trazê-lo à força, pois diziam:- Ele está fora de si... “

“Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos? Perguntou ele (Jesus)... Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus...” (Mc 3:21, 33-35).

            A Bíblia também nos mostra que durante a angústia que precedia a morte de Cristo, Ele buscou refúgio no único que poderia ajudá-lo, o próprio Deus Pai:

“Ele se afastou a uma pequena distância, ajoelhou-se e começou a orar:- Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua.” (Lc 22:41-42).

            Na verdade, a idolatria desse quadro que exalta Maria, nada mais é do que uma forma de tirar a glória do nosso Salvador Jesus Cristo, e colocá-la sobre ela, uma mulher que foi escolhida pela graça de Deus e não por seus merecimentos. É uma forma de dizer que Maria é maior que Jesus.  O apóstolo Paulo nos mostra que quem está por trás da idolatria é o próprio demônio, que faz de tudo para roubar a glória de Deus:

“Portanto, que eu estou querendo dizer? Será que o sacrifício oferecido a um ídolo é alguma coisa? Ou o ídolo é alguma coisa? Não! Quero dizer que o que os pagãos sacrificam é oferecido aos demônios e não a Deus...” (I Co 10:19-20).

            Se alguém tem essa prática, ignora o fato de Jesus ser o único caminho para Deus (Jo 14:6), e busca em Maria esse caminho. Logo, à luz da Bíblia, essa pessoa está perdida e caminha para o inferno.

            “Porque Deus tanto amou o mundo que deu seu Filho Unigênito (e não Maria), para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna... Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado...” (Jo 3:16,18).

            Que esse feriado seja uma oportunidade para curtir nossa família, dando graças pela salvação (perpétuo socorro) que temos em Cristo, orando e testemunhando para aqueles que ainda não crêem no evangelho.

Pr. Ricardo

AMO POR QUÊ?




                Faça um exercício respondendo por que você ama: seu pai (aproveite o clima do dia dos pais)?  Sua mãe? Seus irmãos? Os irmãos da igreja? O vizinho que vive te incomodando? Aquele parente que só fala mal de você? Os réus do mensalão?

            Talvez, para as primeiras pessoas foi fácil responder. Amamos nossos pais porque cuidaram de nós a vida toda, nossos irmãos porque apesar das brigas um ajuda o outro, os irmãos da igreja porque foram presentes em um momento difícil. Enfim, amamos porque de alguma forma eles foram importantes para nós.

            Já o segundo grupo de pessoas, foi mais fácil responder: não amamos. Porque ao invés de fazerem algo bom para nós, nos prejudicaram. Não amamos pessoas que nos prejudicam. Talvez alguém nem ame seu pai ou sua mãe porque de alguma forma eles o prejudicaram.

            A conclusão que chegamos é: só amamos quem nos beneficia. O amor se torna uma moeda de troca. Só amo se recebo algo bom de volta. O amor é condicional. No fundo, amo porque me amo.

            Dê uma olhada na descrição do amor de Deus, e ache alguma característica que mostre alguma condição para amar o outro.

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (I Co 13:4-7).

            E aí? Achou? Não. Porque o amor de Deus é incondicional. Deus ama independente da pessoa amada. A implicação para nossa vida é:

"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. (Jo 13:34).

            Nós devemos amar como Deus nos ama. Devemos amar independente da atitude do outro. Só assim cumpriremos outros mandamentos como perdoar, não retribuir o mal com o mal, considerar o outro superior a si mesmo etc.

            E então? Por que amamos? Porque Deus nos amou primeiro com o amor perfeito. Essa é a única motivação para amar alguém e a única que nos fará amar a todos.


Pr. Ricardo