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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Brigando pelo direito cristão!


             Em 2008, um ladrão invadiu uma padaria em Belo Horizonte e acabou apanhando do dono do estabelecimento e de pessoas que passavam no local. Já preso, o ladrão entrou com um processo contra o dono da padaria por danos morais. Em 2011, um prisioneiro romeno processou a Deus por não tê-lo protegido contra o diabo, que o levou a cometer o crime pelo qual estava preso. Em 1995, um americano processou a si mesmo por ter violado sua religião. Pediu US$5 milhões de indenização. Em 2009, uma americana processou o Google Maps por guiá-la a pé até uma rua sem calçada, onde acabou atropelada. Em 1992, uma senhora de 79 anos processou o McDonalds por ter se queimado com o café vendido por eles. Ganhou US$2,8 milhões de indenização.

         Essas histórias bizarras mostram como o homem briga pelos seus direitos. Se esses forem violados, o indivíduo se sente no “direito” de punir o infrator. Talvez não cometamos “bizarrices” como essas (pelo menos na nossa avaliação), mas também agimos de forma semelhante no dia-dia:

         Como reagimos quando levamos uma fechada no trânsito? Quando alguém come o último pedaço de bolo? Quando nossa ideia é ignorada em uma reunião? Quando alguém trai a nossa confiança? Ou simplesmente quando somos ignorados por um conhecido na rua?

         Mas antes de brigarmos, devemos saber quais são os nossos direitos. Como responder a famosa pergunta: onde termina o meu direito e onde começa o do outro? O que a Bíblia diz?

         A Bíblia nos ensina que devemos agir como Cristo, que abriu mão dos Seus direitos:

Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! (Filipenses 2:5-8)

         Jesus abriu mão dos Seus direitos por aqueles que não tinham direito nenhum.

Dificilmente haverá alguém que morra por um justo; pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. (Romanos 5:7-8)

         Por causa do que Cristo fez por nós, devemos fazer o mesmo aos outros:

Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses (direitos), mas também dos interesses (direitos) dos outros. (Filipenses 2:3-4)

         Em I Coríntios, Paulo exorta cristãos que estavam exigindo seus direitos sobre seus irmãos, mas como cristãos, deveriam estar dispostos a ceder!

O fato de haver litígios entre vocês já significa uma completa derrota. Por que não preferem sofrer a injustiça? Por que não preferem sofrer o prejuízo? Em vez disso vocês mesmos causam injustiças e prejuízos, e isso contra irmãos! (I Coríntios 6:7-8)

         É claro que existe um equilíbrio. É possível “exigir nosso direito” sem ferir o princípio bíblico. Em Romanos, Paulo deixa isso claro:

Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. (Romanos 12:3)

         Mas então como saber quando devo ou não exigir meus direitos? Qual é o critério? Voltando para o texto de Filipenses, descobrimos qual foi o critério de Cristo:

Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. (Filipenses 2:9-11)

         Jesus abriu mão dos Seus direitos para que fôssemos salvos por meio dEle, e nisso Deus é glorificado. Esse é o critério: o que vai fazer com que pessoas reconheçam Jesus como Salvador e glorifiquem a Deus, exigir ou ceder meus direitos?

O ÚNICO DIREITO PELO QUAL DEVO LUTAR É O DIREITO DE DEUS SER GLORIFICADO EM CRISTO!


Pr. Ricardo

sexta-feira, 24 de abril de 2015

PRECISO SER MEMBRO DE UMA IGREJA?


                Existe uma linha de pensamento atual que diz não ser necessário ser membro de uma igreja para adorar a Deus. Isso porque criticam as falhas que existem dentro de uma igreja institucionalizada. Mas o que a Bíblia diz sobre isso?

Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 
(Mateus 16:18)

         Vemos que a igreja é uma criação do próprio Senhor Jesus. Não é uma instituição humana. Podemos rejeitar algo instituído pelo próprio Deus?

Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros.
Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia. 
(Romanos 12:4-5; Colossenses 1:18)

         A Bíblia compara a igreja com um corpo, onde Cristo é a cabeça, aquele que manda no corpo inteiro. Existe algum membro fora do corpo? Se alguma parte do corpo se desliga da cabeça, o que acontece? Morre. Um membro mutilado (separado do corpo) não tem utilidade nenhuma para o corpo, e nem é capaz de obedecer à cabeça. Assim é o “crente” que não é membro de uma igreja.

A intenção dessa graça era que agora, mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais... (Efésios 3:10)

         Deus escolheu manifestar Sua graça por meio da igreja. Estar fora da igreja é estar fora desse propósito, e mais uma vez, rejeitar os Seus métodos.

Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. (Efésios 5:25-27)

         A igreja também é apresentada como noiva de Cristo. Como você reagiria se uma amigo seu lhe dissesse que te ama mas não suporta sua esposa? Da mesma forma agem aqueles que dizem amar a Jesus mas não suportam a igreja.

         De fato, existe a igreja invisível, sem placa, da qual participam todos aqueles que creem em Jesus como único e suficiente Salvador, e Senhor de suas vidas. Mas todo aquele que assim crê, participa de uma igreja local, por causa de todos os motivos alistados acima. Na Bíblia, a maior parte das vezes que a palavra “igreja” é usada, está se referindo à igreja local.

Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito. O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos.
(I Coríntios 12:12-14)

         A igreja local é formada por pessoas que creem no evangelho de Jesus, que professaram publicamente essa fé por meio do batismo; que se reúnem para crescer no conhecimento de Deus por meio da Palavra, louvá-Lo em comunhão uns com os outros, servindo os demais membros com sacrifício próprio (Atos 2:38-42).

         É claro que a igreja local, uma vez formada por pecadores, vai apresentar problemas. Mas é justamente nesse contexto onde teremos oportunidade de demonstrar o amor, a graça, o perdão e o espírito de servo de Cristo (Efésios 4:1-16). Quem se nega a participar da igreja por causa das suas falhas, se coloca em posição superior, nega o perdão e o amor; o que é incompatível com o evangelho.

         Também reconhecemos que existem igrejas que estão bem longe da vontade de Deus. A melhor forma de encontrar a igreja certa é avaliar o quanto ela se sujeita à Sua Palavra (Atos 17:11; Efésios 2:19-21).

CONCLUSÃO: sim, devemos ser membros da igreja de Cristo. Quem tem esse conhecimento e permanece sem se filiar a uma igreja local age em rebeldia contra o que Deus instituiu em Sua Palavra.


Pr. Ricardo

quarta-feira, 8 de abril de 2015

O MEDO DA MORTE E O TÚMULO VAZIO


Em uma época da minha vida, passei algumas noites sem dormir com medo de morrer. Tinha medo de ter alguma doença grave ou de sofrer um acidente. Não dormia porque tinha medo de “acordar” morto. Talvez você já tenha passado por isso. Pode ser que alguns ainda passam.

            Mas hoje, no domingo de Páscoa, comemoramos o fim desse medo! Quando Cristo ressuscitou, deixando o túmulo vazio, a morte perdeu o seu poder sobre nós!

Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte. 
(Hebreus 2:14-15)

"Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão? "
O aguilhão da morte é o pecado...
Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
(II Coríntios 15:55-57)

            Quando João fala que Deus é amor, e que esse amor é manifestado em Cristo, logo, quem tem esse amor, não tem o porquê continuar temendo a morte!

“No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo...”
(I João 4:18)

         Por isso, todo aquele que crê na morte e ressurreição de Jesus, não teme a morte, pois sabe que assim como Ele, também ressuscitará:

Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?" (João 11:25-26)

Está escrito: "Cri, por isso falei". Com esse mesmo espírito de fé nós também cremos e, por isso, falamos, porque sabemos que aquele que ressuscitou ao Senhor Jesus dentre os mortos, também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará com vocês. (II Coríntios 4:13-14)

            Mas talvez você pense: “ainda assim, se Cristo não voltar, experimentaremos a morte física, e é disso que eu tenho medo”. Uma vez ouvi uma história que me ajudou com isso.

            Certo dia, uma mãe explicando para seu filho como era morrer com Cristo, lhe perguntou: sabe quando você dorme no sofá, e mesmo sem acordar e ver, seu pai lhe pega e põe na cama, e no dia seguinte você acorda sem saber como chegou lá? Assim será nossa morte: quando “acordarmos”, já estaremos no céu.

         Mas a própria presença de Cristo, no momento de nossa morte, já é um consolo, pois Ele já passou por isso, e pode nos capacitar na nossa hora.

Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus e fazer propiciação pelos pecados do povo.
Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados... pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. (Hebreus 2:17-18; 4:15)

            Louvado seja Deus pela esperança que o túmulo vazio de Cristo nos dá!

(Adaptado da pastoral do dia 08/04/12)

Pr. Ricardo

quarta-feira, 1 de abril de 2015

DESPREZO “DO LAR”




                Até pouco tempo atrás, o sonho de qualquer garota era casar e ter filhos. Hoje em dia, isso se tornou praticamente um pesadelo. Casar está fora de questão. Pelo menos não nos primeiro 40 anos. E ter filhos, só se for por “acidente”. Mesmo no meio cristão, cresce cada vez mais o número de moças que não querem casar cedo, e mesmo que casem, não querem ter filhos tão rápido.

         Por quê? Porque cada vez mais o mercado de trabalho está aberto para as mulheres. Poucos anos atrás, era mais difícil para elas. Mas hoje, com a visão menos machista da sociedade, elas têm provado a capacidade que têm de realizar as mesmas tarefas dos homens.

         De certa forma isso tem sido bom, pois tem acabado com o conceito de que mulher tem menos valor! Por outro lado, o feminismo tem atacado o padrão bíblico para a mulher. Por exemplo:

A mulher deve aprender em silêncio, com toda a sujeição.
Não permito que a mulher ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem. Esteja, porém, em silêncio. (I Timóteo 2:11-12)

            É bem provável que as mulheres de Éfeso (e de Corinto- I Co 11:2-16) eram autoritárias, e por isso Paulo é bem enfático. Segundo a Bíblia, a mulher não deve ser autoridade sobre o homem na igreja, assim como no lar (Efésio 5:22; Colossenses 3:18; I Pedro 3:1). Mas por quê?

Porque primeiro foi formado Adão, e depois Eva.
E Adão não foi enganado, mas sim a mulher, que, tendo sido enganada, tornou-se transgressora. (I Timóteo 2:13-14)

            Paulo dá duas razões que não são da cultura da Palestina em sua época. Ele usa os argumentos da criação: 1º. A mulher foi criada com um propósito específico (Gênesis 2:18). 2º. Por causa do pecado da primeira mulher. Agora, o fato da mulher ser submissa não significa desvalorização. Isso é uma visão mundana! O próprio Senhor Jesus ensinou sobre quem é mais valorizado no Reino de Deus, sendo Ele mesmo o exemplo do que ensinou.

Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". (Marcos 10:42-45)

            Em nenhum momento a Bíblia diz que a mulher tem menos valor que o homem. Em essência, os dois (homem e mulher) foram criados à imagem de Deus (Gênesis 1:27); e em Cristo somos todos iguais (Gálatas 3:28). Não é uma questão de “ser”, mas do “fazer”! Deus estabeleceu funções diferentes para o homem e para a mulher. Creio que a aversão a esse padrão é consequência de homens que abusam da liderança delegada por Deus (machismo e autoritarismo), e pela falta de humildade e espírito de serviço, à exemplo de Cristo, por parte de algumas mulheres.

         Como consequência disso, as mulheres estão desprezando um privilégio dada a elas:

Entretanto, a mulher será salva dando à luz filhos — se elas permanecerem na fé, no amor e na santidade, com bom senso. (I Timóteo 2:15)

            Paulo diz que a mulher não vai exercer liderança na igreja, mas irá formar os futuros líderes! “Dando à luz filhos” não se limita ao parto, mas todo processo de educação que formará o caráter daquela criança. Como dizem: “A mão que balança o berço, governa o mundo”. Uma criança bem educada hoje, é o bom líder de amanhã.

         Mas é justamente isso que o feminismo alheio a Deus e à Sua Palavra tem destruído. As mulheres estão mais preocupadas com suas carreiras, com sua competição com os homens no mercado de trabalho (e até na igreja), e para isso estão sacrificando seus próprios filhos. Crianças sendo “educadas” pelos avós, pelas creches ou pelas babás.

         O feminismo vende a ideia de que um bom currículo é melhor do que um bom filho. O resultado tem sido visto nas igrejas e até mesmo no mercado de trabalho. Quase não existem mais homens íntegros e qualificados para a liderança! Afinal, não foram educados para isso!

         É claro que existem mulheres que precisam trabalhar por necessidade e outras cujo trabalho não atrapalha o cuidado com seu lar. Cada uma deve fazer sua própria avaliação perante Deus. É realmente necessário trabalhar? Vale o sacrifício de perder o privilégio de investir na minha família? Sei que essa visão é chocante para a sociedade hoje. Mas isso é esperado. A Bíblia nos alerta:

Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família... (II Timóteo 3:1-3)


Pr. Ricardo