No intervalo do
Fantástico são R$630 mil reais, segundo um site (http://www.cofemac.com.br/). Ou seja, R$21 mil por segundo.
Você acha que alguém pagaria esse valor se realmente não valesse a pena? Um
outro site afirma que eles recuperam esse valor em apenas um dia após a
propaganda ser transmitida. A mídia tem muito mais influência em nossa vida do
que percebemos.
Um dia estava na sala em casa, enquanto
uma das minhas filhas brincava. Quando percebi, ela estava reproduzindo a fala
de uma propaganda de brinquedo, sem olhar para a tela. Ou seja, aquela
propaganda está “inculcada” na cabeça da minha filha. Mais do que inculcar o
desejo por um brinquedo, a mídia inculca padrões morais na sociedade.
Na
minha adolescência a novela “Malhação” começou a ditar uma nova modinha do
“ficar”. No começo era um namoro, com muito contato físico, que durava um dia
ou algumas horas. Meus colegas de escola disputavam quem “ficava” com mais
meninas em uma noite só. Essa moda começou na televisão. (Veja o que a Bíblia
fala sobre “ficar” em I Ts 4:1-8). Foi assim com o divórcio, recasamento,
homossexualismo, amor livre etc.
Para ver a influência dessa reportagem,
pais cristãos, que têm filhos pequenos que preferem brincar com brinquedos do
outro sexo, ficaram preocupados. Esses, por possuírem algum conhecimento da
Bíblia, serão mais cautelosos e não levarão correndo seus filhos ao psicólogo.
Mas o que farão os pais que não tem nenhum padrão moral? Os pais e as crianças
da reportagem foram tratados como heróis! Não foi mostrado nenhum caso que deu
errado. Aliás, o único exemplo mostrado de pais que não aceitaram a decisão do
filho, foi um caso em que o menino/menina foi abandonado na rua. Ou seja, a
mensagem é, se você não obedecer a vontade do seu filho, você é tão mal como
esses pais.
É claro que não posso ser simplista, e
achar que todos os casos de crianças que querem ser do outro sexo podem ser
tratados apenas com conversa. Existem casos complicadíssimos, mas que não
chegam a 1%. Isso aconteceu com o homossexualismo. Antigamente era a minoria
que lutava com esses desejos. Depois da influência da mídia, esse número se
multiplicou assustadoramente.
Diante disso, o
que devemos fazer? Primeiramente temos que nos precaver da influência da mídia
em nosso lar. O que nossa família tem assistido, ouvido e acessado? Quanto mais
contato com padrões imorais, mais normais eles se tornam para nós.
Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade
sexual nem de qualquer espécie de impureza nem de cobiça; pois estas coisas não
são próprias para os santos. Não haja obscenidade nem conversas tolas nem
gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ação de graças. Vivam
como filhos da luz... e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor. Não
participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz. Porque
aquilo que eles fazem em oculto, até mencionar é vergonhoso. (Efésios 5:3-12)
Podemos
praticar o entretenimento crítico. Ou seja, conversar com a nossa família sobre
o que acabaram de assistir, comparando com os padrões morais apresentados no
programa e o que a Bíblia diz. Por exemplo, nessa semana “peguei” minha filha
assistindo um programa infantil onde a filha desrespeitava o pai o tempo todo.
Pude conversar com ela sobre o que estava errado naquele programa. E decidimos
juntos, à luz da Bíblia (Ef 6:1-3) que era melhor ela não continuar assistindo.
Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a
sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno
estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse
sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho,
quando se deitar e quando se levantar. (Deuteronômio 6:5-7)
À luz dos problemas tratados nessa reflexão,
as próximas pastorais tratarão de padrões estabelecidos na mídia e o que a
Bíblia diz.
Pr. Ricardo