IGREJA, ONG, CLUBE OU O QUÊ?
Se perdendo no ativismo eclesiástico
Cada
vez mais as igrejas vão crescendo e junto com o crescimento surgem diversos
programas e projetos. Escolas, faculdades, clínicas, ONGs, centros
comunitários, seminários e até praça de alimentação que começam a fazer parte
da estrutura da igreja. Tudo isso com o objetivo de criar novas oportunidades
de transmitir o evangelho. Isso é muito legal! Mas tenho visto muitos desses
grandes projetos se tornarem o motivo da igreja se distanciar do seu propósito.
Não é preciso ter uma escola
funcionando na igreja para isso acontecer. Algumas igrejas menores têm tantos
programas (para cada faixa etária, data especial, ou mesmo para cada dia da
semana) que o essencial acaba sendo afetado.
Mas afinal, o
que é tão importante na igreja que esses programas e projetos podem sufocar? A
exposição bíblica!
Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos. (Atos 2:42)
Isso ocorre de duas formas:
1º O pastor se torna gerente de
uma igreja com a estrutura de uma grande empresa! Isso faz com que sua atenção
se volte para a administração e não para a ministração. O resultado é uma
grande igreja, com grandes projetos, mas má alimentada espiritualmente e
consequentemente, com muitos problemas entre seus membros. O foco do pastor é
dado pelos apóstolos no início da igreja:
Por isso os Doze
reuniram todos os discípulos e disseram: "Não é certo negligenciarmos o
ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas.
Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho,
cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa e nos
dedicaremos à oração e ao ministério da palavra". (Atos 6:2-4)
A solução é
deixar o pastor com o foco no ministério da Palavra e da oração, envolvendo os
membros da igreja com as demais demandas da igreja.
E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas,
outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de
preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo
seja edificado. (Efésios 4:11-12)
2º Os programas se tornam mais
importantes do que a pregação da Palavra. Já participei de um culto que
começava às 20h, mas o microfone foi dado ao pregador às 22h. Adivinha se
alguém o ouviu! As apresentações musicais, teatrais, desafios missionários
deixam pouco tempo e energia (dos ouvintes) para a pregação. O resultado são
igrejas ativistas com crentes superficiais.
Consequentemente, a fé vem por ouvir a mensagem, e a
mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo. (Romanos 10:17)
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem
de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.
(II Timóteo 3:16-17)
Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda,
corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. (II Timóteo 4:2)
Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada
de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e
medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração. (Hebreus 4:12)
A solução é ter a exposição bíblica como
o centro de todos os programas e projetos da igreja.
A pregação da Palavra deve ser “carro
forte” de qualquer igreja, grande ou pequena, com muitos programas e projetos
ou com apenas o culto “normal”.
Que Deus permita que cresçamos como
igreja, podendo investir cada vez mais em programas e projetos que edifiquem e
salvem pessoas através da exposição bíblica, para a glória do Senhor da
Palavra!
Pr. Ricardo
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