ÁRVORE DE NATAL
Um dos símbolos mais tradicionais do Natal é a árvore
de Natal. Algumas pessoas têm reagido
fortemente contra o uso da árvore de Natal, pois, segundo eles, tem raízes
pagãs antigas. E eles têm razão. Mas
será que por isso, nós temos que rejeitar um símbolo que pode servir muito bem
como memorial ou lembrança do verdadeiro significado do Natal? Como
cristãos muitas vezes permitimos que o mundo tire de nós o que pode ser para o
bem. Que
tal resgatarmos esses símbolos, em vez de cavar nos buracos da história para
achar algo a criticar, julgar . . . mais uma regrinha evangélica, coisa a
evitar?
O símbolo de uma árvore verde na
época de Natal parece ter origens antigas na celebração dos romanos
do “renascimento” do sol, a Festa da Saturnália (e
por isso, a vida) perto do dia 21 de dezembro, quando o sol começa a voltar da
sua morte e os dias começam a alongar-se (no hemisfério norte). A
presença de uma árvore verde nessa época servia como lembrança de fertilidade,
renascimento e novos começos. Foi um símbolo
para os Vikings que a escuridão do inverno chegaria ao fim, e a primavera voltaria.
Alguns afirmam que um dos pais da Reforma
Protestante, Martinho Lutero, iniciou o costume de uma árvore enfeitada
dentro da casa dos crentes. Lutero ficou tão
impressionado com a beleza de estrelas brilhando pelos galhos de árvores na
floresta, que trouxe uma pequena árvore para dentro da sua casa. Junto
com seus filhos, enfeitaram a árvore com frutas (símbolos de vida) e luzes, que
acendia enquanto contava a história de Natal e Jesus. . . Também na Alemanha
havia uma tradição datando pelo menos de 1605 da
“Árvore de Paraíso”, uma árvore enfeitada com maçãs usada em dramas no dia
24 de dezembro sobre Adão e Eva. Foi na Alemanha
que o uso de árvores enfeitadas com luzes começou como celebração de
Natal.
Assim como na Bíblia, a árvore pode
ser algo bom
ou ruim, dependendo do uso que fazemos dela. Primeiro,
é interessante notar a associação entre vida, morte, e árvores na Bíblia. No Jardim
do Éden, havia duas árvores—uma, do conhecimento do bem e do mal. Aquela
foi uma árvore de morte, pois quando Adão e Eva comeram daquela árvore,
morreram espiritualmente e fisicamente. Mas naquele
Jardim havia outra árvore, a árvore da
vida. Só
que o pecado nos barrou da presença daquela árvore, para que, comendo dela,
viveríamos para sempre num estado pecaminoso.
Mas no final da história, em Apocalipse,
vemos a árvore da vida mais uma vez, só que essa vez nós temos o direito de
comer da árvore, não como pecadores, mas pessoas com nova VIDA, a vida de
Jesus. Como
que tudo isso aconteceu? Foi por causa de
outra árvore, a árvore
da cruz. Paulo nos lembra em Gálatas, “Maldito todo aquele que for
pendurado em madeiro” (3:13; Dt
21:23). Assim
como foi uma árvore que nos “enforcou”, foi uma árvore que enforcou Jesus, mas
que nos deu vida. Ele se tornou
pecado e sofreu a justa ira de Deus contra nosso pecado, para que nós fossemos
feitos a justiça de Deus nele! (2 Co 5:21).
A árvore de Natal talvez seria
muito melhor como Árvore de Páscoa! Mas
pelo fato de que nada disso teria acontecido, não fosse o nascimento do Verbo
de Deus, a árvore nos lembra do pecado do passado (no Jardim), a condenação da
Morte e do pecado (na cruz), e a esperança futura da árvore da vida!
Não vou tentar convencer
vocês a enfeitarem uma árvore de Natal. Creio
que os enfeites de Natal são uma área de liberdade cristã, conforme 1 Co 8-10,
e que cada um deve decidir por si mesmo se é apropriado ou não. Mas
enquanto muitos apontam o aspecto negativo da árvore de Natal, quero aproveitar
o que é de bom em sua história para servir como lembrança do significado
verdadeiro de Natal, que Jesus é vida. Ele nasceu
debaixo da sombra de uma árvore, a cruz, mas também pela mesma cruz nos deu
direito de comer da árvore da vida, e viver para todo sempre. Em
vez de considerar a árvore de Natal como símbolo pagão, talvez deveríamos
resgatá-la como memorial maravilhoso da nossa fé do início ao fim.
(FONTE- “O Natal segundo João”- Pr. David Merkh- www.palavraefamilia.org.br)
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