O semeador saiu a semear. A semente é a palavra de Deus!
Os
últimos dias que eu vivi certamente serão inesquecíveis. Foram um marco na
minha vida e no meu ministério. Me tornaram mais sensível ao próximo, me
levaram a derrubar um pouco do meu orgulho e conforto, e pensar no meu próximo.
Portanto, me considero mais humano depois desses dias.
Talvez
no pensamento de alguns uma viagem missionária para o Rio de Janeiro se
tornaria facilmente num passeio turístico, ainda mais durante a copa do mundo.
Confesso que até eu pensei que seria assim. A segunda maior cidade do país, a
cidade onde está a maior concentração de igrejas batistas, a sede de vários
ministérios e denominações espalhados pelo Brasil, a cidade de grandes igrejas
evangélicas com seus luxuosos e mega-templos, então, a pergunta que não quer
calar é: Por que uma viagem missionária para uma cidade com essas
características?
A
resposta é: porque nenhuma dessas características citadas fazem do Rio de
Janeiro uma cidade totalmente alcançada pelo poder do evangelho de Cristo. Pelo
contrario, ao mesmo tempo em que ela é chamada de cidade maravilhosa, ela é
marcada pela pobreza, miséria e violência. É um grande contraste, de um lado
condomínios luxuosos e do outro favelas com pessoas carentes vivendo em
péssimas condições. Grandes igrejas de um lado e do outro igrejas pequenas e
frágeis, sem apoio da denominação, muito menos dessas grandes igrejas.
Portanto, o Rio de Janeiro precisa e muito do nosso esforço missionário e das
nossas orações.
Foram
dez dias no Morro da Mangueira onde existe um projeto que busca apresentar o
evangelho de Cristo a crianças, adolescentes e jovens que vivem muito próximo
do tráfico. O projeto concentra-se em evangelismo por meio do esporte.
Existe também um prédio abandonado que
hoje virou abrigo de várias pessoas que moravam na rua. São quase 60 pessoas
morando ali literalmente no meio do lixo. As crianças não têm nada para comer,
o projeto leva todos os dias almoço para elas. Uma das coisas mais
impressionantes é o sorriso dessas crianças, e a carência de cuidado, carinho e
amor. Uma garota de 7 anos chegou perto de mim e perguntou: “Tio! Onde mora seu
pai?” Eu respondi: “Mora no Piauí. E o seu?” Ela disse: “Meu pai está preso”,
nessa hora as lagrimas inevitavelmente vieram aos olhos, ela me deu um abraço
que quase não me largava.
Portanto,
nossa tarefa é semear a palavra de Deus para essas pessoas. A parábola do
semeador nos ajuda a entender o nosso papel de divulgar a palavra de Deus para
todas as pessoas, pois não sabemos onde ela vai frutificar. Igreja acorda! Os
pobres, viciados, mendigos e miseráveis também precisam de Cristo, e Deus deu
pra nós essa responsabilidade.
O
que nós temos feito para semear o evangelho à essas pessoas?
Essa
responsabilidade também é sua.
Davi
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