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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PATORAL- 04/12/11- Árvore de Natal


ÁRVORE DE NATAL


Um dos símbolos mais tradicionais do Natal é a árvore de Natal Algumas pessoas têm reagido fortemente contra o uso da árvore de Natal, pois, segundo eles, tem raízes pagãs antigas.  E eles têm razão.  Mas será que por isso, nós temos que rejeitar um símbolo que pode servir muito bem como memorial ou lembrança do verdadeiro significado do Natal?  Como cristãos muitas vezes permitimos que o mundo tire de nós o que pode ser para o bem.  Que tal resgatarmos esses símbolos, em vez de cavar nos buracos da história para achar algo a criticar, julgar . . . mais uma regrinha evangélica, coisa a evitar? 
O símbolo de uma árvore verde na época de Natal parece ter origens antigas na celebração dos romanos do “renascimento” do sol, a Festa da Saturnália (e por isso, a vida) perto do dia 21 de dezembro, quando o sol começa a voltar da sua morte e os dias começam a alongar-se (no hemisfério norte).  A presença de uma árvore verde nessa época servia como lembrança de fertilidade, renascimento e novos começos.  Foi um símbolo para os Vikings que a escuridão do inverno chegaria ao fim, e a primavera voltaria. 
Alguns afirmam que um dos pais da Reforma Protestante, Martinho Lutero, iniciou o costume de uma árvore enfeitada dentro da casa dos crentes.  Lutero ficou tão impressionado com a beleza de estrelas brilhando pelos galhos de árvores na floresta, que trouxe uma pequena árvore para dentro da sua casa.  Junto com seus filhos, enfeitaram a árvore com frutas (símbolos de vida) e luzes, que acendia enquanto contava a história de Natal e Jesus. . . Também na Alemanha havia uma tradição datando pelo menos de 1605 da “Árvore de Paraíso”, uma árvore enfeitada com maçãs usada em dramas no dia 24 de dezembro sobre Adão e Eva.  Foi na Alemanha que o uso de árvores enfeitadas com luzes começou como celebração de Natal. 
Assim como na Bíblia, a árvore pode ser algo bom ou ruim, dependendo do uso que fazemos dela.  Primeiro, é interessante notar a associação entre vida, morte, e árvores na Bíblia.  No Jardim do Éden, havia duas árvores—uma, do conhecimento do bem e do mal. Aquela foi uma árvore de morte, pois quando Adão e Eva comeram daquela árvore, morreram espiritualmente e fisicamente.  Mas naquele Jardim havia outra árvore, a árvore da vida Só que o pecado nos barrou da presença daquela árvore, para que, comendo dela, viveríamos para sempre num estado pecaminoso. 
Mas no final da história, em Apocalipse, vemos a árvore da vida mais uma vez, só que essa vez nós temos o direito de comer da árvore, não como pecadores, mas pessoas com nova VIDA, a vida de Jesus.  Como que tudo isso aconteceu?  Foi por causa de outra árvore, a árvore da cruz. Paulo nos lembra em Gálatas, “Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro” (3:13; Dt 21:23).  Assim como foi uma árvore que nos “enforcou”, foi uma árvore que enforcou Jesus, mas que nos deu vida.  Ele se tornou pecado e sofreu a justa ira de Deus contra nosso pecado, para que nós fossemos feitos a justiça de Deus nele! (2 Co 5:21).   
A árvore de Natal talvez seria muito melhor como Árvore de Páscoa!  Mas pelo fato de que nada disso teria acontecido, não fosse o nascimento do Verbo de Deus, a árvore nos lembra do pecado do passado (no Jardim), a condenação da Morte e do pecado (na cruz), e a esperança futura da árvore da vida! 
Não vou tentar convencer vocês a enfeitarem uma árvore de Natal.  Creio que os enfeites de Natal são uma área de liberdade cristã, conforme 1 Co 8-10, e que cada um deve decidir por si mesmo se é apropriado ou não.  Mas enquanto muitos apontam o aspecto negativo da árvore de Natal, quero aproveitar o que é de bom em sua história para servir como lembrança do significado verdadeiro de Natal, que Jesus é vida.  Ele nasceu debaixo da sombra de uma árvore, a cruz, mas também pela mesma cruz nos deu direito de comer da árvore da vida, e viver para todo sempre.  Em vez de considerar a árvore de Natal como símbolo pagão, talvez deveríamos resgatá-la como memorial maravilhoso da nossa fé do início ao fim.

(FONTE- “O Natal segundo João”- Pr. David Merkh- www.palavraefamilia.org.br)

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