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terça-feira, 31 de julho de 2012

TAL PAI TAL FILHO



                Confesso que fico orgulhoso quando alguém diz que minhas filhas são muito parecidas comigo. Quando a Laila nasceu, uma amiga foi nos visitar e disse: “essa nem precisa fazer exame de paternidade, tá na cara quem é o pai”. Hoje que ela é um pouco maior, além da aparência, também tem algumas atitudes (boas e ruins) semelhantes ao papai.

         Como filhos de Deus (leia Jo 1:12-13 para confirmar se você de fato é) temos que ser parecidos com o nosso Pai. Nossa forma de viver deve ser suficiente para comprovar a paternidade de Deus.

Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado... ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. (I Jo 3:9).

         Assim como eu sinto orgulho e alegria de ter filhas parecidas comigo, Deus também tem prazer quando Seus filhos O imitam. Conheço uma pessoa que teve um filho que nasceu com a cara do irmão da sua esposa, seu cunhado. Para ele é terrível ouvir das pessoas que seu filho é mais parecido com o cunhado do que com ele. Creio que Deus tem esse mesmo sentimento de frustração quando somos mais parecidos com outro do que com Ele:

Quem continua pecando pertence ao Diabo porque o Diabo peca desde a criação do mundo. (I Jo 3:8).

         Sua forma de viver mostra quem é seu pai. Você é filho de quem?

Desta forma sabemos quem são os filhos de Deus e quem são os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não procede de Deus... (I Jo 3:10).

Se vocês sabem que ele é justo, saibam também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele. (I Jo 2:29).

Pr. Ricardo

Casamento definido





Não é segredo que os casamentos estão sob o ataque do mundo. Não é uma surpresa, já que o casamento é uma ilustração visível de Cristo e Sua Igreja. Que lugar ótimo para as forças do inferno lançarem seus dardos inflamados. Como resposta a isso, nossa igreja tenta realizar, no mínimo, duas conferências sobre casamento por ano (com esperanças de termos mais). E eu fiquei incumbido de usar recursos diversos e montar um currículo para a conferência.

Nossa primeira sessão é “O que é casamento?”. Nesta sessão, nós tentamos chegar conjuntamente a uma teologia do casamento. Começamos definindo “casamento”. Até onde eu sei, essa definição é original. Eu gostaria de compartilhá-la com vocês e depois explicá-la um pouco – espero que para seu benefício.

Casamento é uma aliança pactual, criado por Deus, entre um homem e uma mulher, para a nossa santidade e nossa alegria, como uma ilustração do Evangelho para expressão da glória de Deus.

Se eu pegar essa definição separadamente, posso chegar a sete afirmações individuais (e elas são usadas como pontos principais para o ensino da primeira sessão).

1.                  Uma aliança pactual – Alianças são um assunto muito importante para Deus. A quebra de um pacto é também uma questão muito importante para Deus. Para ter uma noção de como pacto é uma questão importante, considere Gênesis 15. O Senhor passa por uma série de animais que estão rasgados pela metade e praticamente diz: “Se eu quebrar meu pacto, o que aconteceu com esses animais, acontecerá comigo”. Os pactos são muito importantes.

2.                  Criado por Deus – Se os homens tivessem criado o casamento, então, poderíamos estabelecer suas regras. Mas o casamento é uma aliança pactual criada por Deus e, sendo assim, Ele é quem estabelece as regras. Deus criou o seu casamento, então pare com essa conversa tola de “casei com a pessoa errada”.

3.                  Entre um homem e uma mulher – Os dois devem se tornar um. Isso significa separar-se dos pais, de relacionamentos passados, de relacionamentos futuros e de qualquer outro amante. Isso também vai contra qualquer argumento sobre homossexualidade ser chamada de casamento.

4.                  Para nossa santidade – O casamento é um dos meios que Deus estabeleceu para nos santificar. Deus não fica satisfeito meramente com termos um “bom” casamento. Deus deseja usar nosso casamento para nos conformar mais e mais à imagem de Cristo. Deus tem um plano de resgate para o seu casamento. O objetivo dEle não é apenas resgatar o seu casamento. O objetivo dEle é usar o seu casamento para te resgatar.

5.                  Para nossa alegria – Nossa alegria aumenta quando nós, em santidade, lutamos pela alegria do outro. O casamento pode ser extremamente feliz. Apenas leia os Cânticos dos Cânticos de Salomão para você ver. Além disso, se o casamento promove a santidade, ele também irá promover nossa alegria em Deus.

6.                  Como uma ilustração do evangelho – Seu casamento reflete Cristo e Sua igreja. Ele foi criado por Deus para ser uma ilustração visível para todos verem o amor entre Cristo e Sua Noiva.

7.                  Para expressão da glória de Deus – O propósito de Deus para a humanidade é que ela goze de Sua glória e a proclame. Com o casamento não é diferente. Ele usa o casamento para arrancar o pecado e a incredulidade do nosso coração. Ele usa o casamento para prolongar nossa alegria. Mas Ele também usa o casamento para fazer crianças, para elas crescerem e serem nutridas em lares cristãos.

Seu casamento tem propósito. Ele tem um significado. Não desista do seu casamento. Não pare de lutar pelo seu casamento. Saiba que Deus também está lutando por ele. Tenha fé nEle e vá em frente.

Aprecie o seu casamento. Deus está usando-o para mostrar Sua grandeza. Regozije-se no fato de que Deus está usando a união de dois pecadores para mostrar Sua incomparável grandeza e Seu amor trinitariano. O casamento é doce. Saboreie-o. Prove e veja que o Senhor é bom.

Mike Leake | Traduzido por Fernanda Vilela | iPródigo.com | Original aqui

terça-feira, 24 de julho de 2012

Verdade ou Unidade: qual é mais importante?




Por Wilson Porte Jr.
Verdade ou UnidadeSe você tivesse de optar entre a Verdade e a unidade no seio da Igreja de Deus, por qual você optaria? Você ama mais a Verdade ou a Unidade? É óbvio que ambas são importantes e que, quando vivenciadas na mesma igreja local, que isso é o ideal. Todavia, em um tempo quando a Igreja de Deus se encontra dividida por muitas ‘vozes’, ‘visões’, e ‘novas revelações’, torna-se necessário que nos questionemos: manter-nos unidos, mesmo sabendo que há mentira sendo pregada entre o nosso povo, ou manter-nos na Verdade, mesmo que essa custe o rompimento entre nós e pessoas que amamos?
Inacreditavelmente, a maioria tem optado pela unidade. A Verdade tem deixado de ocupar o lugar mais importante na Igreja de Deus. Não há mais uma luta pela Verdade, mas um discurso pagão em favor da unidade e do politicamente correto. Por quê? Porque deixamos de pregar o que é e quem é A Verdade!
Não podemos nos esquecer de que Jesus Cristo é a Verdade (Jo 14.6). Não há outra! Ele é, e tudo o mais, para ser verdadeiro também, deve estar nEle ou proceder dEle. Nesta batalha pela Verdade, nós só temos dois lados: ou você está com ela ou não. Ainda que uma espada tenha que ser colocada entre você e pessoas que você sinceramente ama, que você nunca deixe a Verdade!
Se você questionasse os membros de sua igreja quanto ao que é mais importante, o que eles responderiam: A Verdade ou a Unidade na igreja?
John MacArthur, em seu livro A Guerra pela verdade, descreve como esta está, agora mesmo, sob ataque. “Muita coisa está em jogo”, como diz Albert Mohler, sobre o livro de MacArthur. A mentira e a tolerância têm vindo de forma veloz sobre o povo de Deus, e este tem dado as boas-vindas para aquelas. O povo de Deus está em perigo! Muitos escolhidos têm sido enganados. E o que faremos? Deixaremos de falar a Verdade em amor? Deixaremos de pregá-la? Deixaremos de mencionar o nome daqueles que têm-na pervertido? Não! Devemos fazer como o Apóstolo Paulo em 2Tm 4.10,14; 1Tm 1.19-20; 2Tm 2.16-18 e Gl 2.9-11, dando nome aos responsáveis pelo veneno que tem, falsamente, alimentado muitos que amam sinceramente a Verdade.
MacArthur, em um debate no programa Larry King Live, da rede americanaCNN, diz que vivemos atualmente uma guerra, e não uma briguinha, mas uma grande guerra “pela integridade, pela autoridade, pela veracidade, pela inerrância e pela inspiração da Bíblia”, diz MacArthur (veja o vídeo aqui).
A grande falácia de nosso tempo é que ‘não há verdade’, ‘tudo é relativo’ (como se essa afirmação já não fosse um absoluto) – cada um tem a sua própria verdade, e ninguém deve ficar julgando o outro. De fato, Jesus Cristo nos exortou a não julgarmos as motivações do coração de ninguém, pois somente Deus as conhece perfeitamente. Mas, em nenhum momento a Bíblia nos exorta a não julgarmos as palavras e atos públicos desse alguém, principalmente se essa pessoa estiver falando em nome de Deus.
Não se trata de odiar ninguém, pois “se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso” (1Jo 4.20). Trata-se de amarmos a Verdade, sincera e profundamente. Trata-se de amarmos a Deus sobre todas as coisas(ideologias, achismos, tradicionalismos, usos e costumes, líderes, etc.).
Que Deus tenha misericórdia de Sua igreja em nossa nação. Que Deus nos envie um genuíno avivamento espiritual, a fim de que possamos amar mais a Verdade, orar mais à Verdade, ler e pregar mais a Verdade: à Jesus Cristo, a própria Verdade que nos salva de toda mentira, veneno e engodo dos falsos mestres.
Fonte: Blog Fiel

Sobre Festas Juninas


Sobre Festas Juninas



[Eu sei que este artigo está meio atrasado, mas quem sabe serve para o ano que vem, visto que todo mês de Junho este assunto volta]

A festa celebra o nascimento de João Batista, que virou um dos santos católicos. É realizada no dia 24 de junho com base no fato que João Batista havia nascido seis meses antes de Jesus (Lc 1:26,36). Se o nascimento de Jesus (Natal) é celebrado em 25 de dezembro, então o de João Batista é celebrado seis meses antes, em 24 de junho. É claro que estas datas são convenções, apenas, pois não sabemos ao certo a data do nascimento do Senhor.

A origem das fogueiras nas celebrações deste dia é obscura. Parece que vem do costume pagão de adorar seus deuses com fogueiras. Os druidas britânicos, segundo consta, adoravam Baal com fogos de artifício. Depois a Igreja Católica inventou a história que Isabel acendeu uma fogueira para avisar Maria que João tinha nascido. Outra lenda é que na comemoração deste dia, fogueiras espontâneas surgiram no alto dos montes.

Já a quadrilha tem origem francesa, sendo uma dança da elite daquele país, que só prosperou no Brasil rural. Daí a ligação com as roupas caipiras. Por motivos obscuros acabou fazendo parte das festividades de São João.

Fazem parte ainda das celebrações no Brasil (é bom lembrar que estas festas também são celebradas em alguns países da Europa) as comidas de milho – provavelmente associadas com a quadrilha que vem do interior – as famosas balas de “Cosme e Damião.” São realizadas missas e procissões, muitas rezas e pedidos feitos a São João. As comidas são oferecidas a ele.

Se estas festividades tivessem somente um caráter religioso e fossem celebradas dentro das igrejas como se fossem parte das atividades dos católicos, não haveria qualquer dúvida quanto à pergunta, “pode um evangélico participar?” Acontece que as festas juninas foram absorvidas em grande parte pela cultura brasileira de maneira que em muitos lugares já perdeu o caráter de festa religiosa. Para muitos, é apenas uma festa onde acendem-se fogueiras, come-se milho preparado de diferentes maneiras e soltam-se fogos de artifício, sem menção do santo, e sem orações ou rezas feitas a ele.

Paulo enfrentou um caso semelhante na igreja de Corinto. Havia festivais pagãos oferecidos aos deuses nos templos da cidade. Eram os crentes livres para participar e comer carne que havia sido oferecida aos ídolos? A resposta de Paulo foi tríplice:
  • O crente não deveria ir ao templo pagão para estas festas e ali comer carne, pois isto configuraria culto e portanto, idolatria (1Cor 10:19-23). Na mesma linha, eu creio que os crentes não devem ir às igrejas católicas ou a qualquer outro lugar onde haverá oração, rezas, missas e invocação do São João, pois isto implicaria em culto idólatra e falso.
  • O crente poderia aceitar o convite de um amigo pagão e comer carne na casa dele, mesmo com o risco de que esta carne tivesse sido oferecida aos ídolos. Se, todavia, houvesse alguém presente ali que se escandalizasse, o crente não deveria comer (1Cor 10:27-31). Fazendo uma aplicação para nosso caso, se convidado para ir a casa de um amigo católico neste dia para comer milho, etc., ele poderia ir, desde que não houvesse atos religiosos e desde que ninguém ali ficasse escandalizado.
  • E por fim, Paulo diz que o crente pode comer de tudo que se vende no mercado sem perguntar nada. A exceção é causar escândalo (1Cor 10:25-26). Aplicando para nosso caso, não vejo problema em o crente comer milho, pamonha, mungunzá, etc. neste dia e estar presente em festas juninas onde não há qualquer vínculo religioso, desde que não vá provocar escândalos e controvérsias. Se Paulo permitiu que os crentes comessem carne que possivelmente vieram dos templos pagãos para os açougues, desde que não fosse em ambiente de culto, creio que podemos fazer o mesmo, ressalvado o amor que nos levaria à abstinência em favor dos que se escandalizariam.
Segue abaixo parte de um livro meu onde abordo com mais detalhes o que Paulo ensinou aos coríntios em casos envolvendo a liberdade cristã.

O CULTO ESPIRITUAL, Augustus Nicodemus Lopes. Cultura Cristã, 2012.

“A situação de Corinto era diferente. O problema lá não era o mesmo tratado no concílio de Jerusalém. O problema não era os escrúpulos de judeus cristãos ofendidos pela atitude liberal de crentes gentios quanto à comida oferecida aos ídolos. Portanto, a solução de Jerusalém não servia para Corinto. É provavelmente por esse motivo que o apóstolo não invoca o decreto de Jerusalém.[1] Antes, procura responder às questões que preocupavam os coríntios de acordo com o princípio fundamental de que só há um Deus vivo e verdadeiro, o qual fez todas as coisas; que o ídolo nada é nesse mundo; e que fora do ambiente do culto pagão, somos livres para comer até mesmo coisas que ali foram sacrificadas.

1. A primeira pergunta dos coríntios havia sido: era lícito participar de um festival religioso num templo pagão e ali comer a carne dos animais sacrificados aos deuses? Não, responde Paulo. Isso significaria participar diretamente no culto aos demônios onde o animal foi sacrificado (1 Co 10.16-24). Paulo havia dito que os deuses dos pagãos eram imaginários (1 Co 10.19). Por outro lado, ele afirma que aquilo que é sacrificado nos altares pagãos é oferecido, na verdade, aos demônios e não a Deus (10.20). Paulo não está dizendo que os gentios conscientemente ofereciam seus sacrifícios aos demônios. Obviamente, eles pensavam que estavam servindo aos deuses, e nunca a espíritos malignos e impuros. Entretanto, ao fim das contas, seu culto era culto aos demônios. [2] Paulo está aqui refletindo o ensino bíblico do Antigo Testamento quanto ao culto dos gentios:
 Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus... (Dt 32.17)
...pois imolaram seus filhos e suas filhas aos demônios (Sl 106.37).
 O princípio fundamental é que o homem não regenerado, ao quebrar as leis de Deus, mesmo não tendo a intenção de servir a Satanás, acaba obedecendo ao adversário de Deus e fazendo sua vontade. Satanás é o príncipe desse mundo. Portanto, cada pecado é um tributo em sua honra. Ao recusar-se a adorar ao único Deus verdadeiro (cf. Rm 1.18-25), o homem acaba por curvar-se diante de Satanás e de seus anjos.[3] Para Paulo, participar nos festivais pagãos acabava por ser um culto aos demônios. Por esse motivo, responde que um cristão não deveria comer carne no templo do ídolo. Isso eqüivaleria a participar da mesa dos demônios, o que provocaria ciúmes e zelo da parte de Deus (1 Co 10.21-22). Paulo deseja deixar claro para os coríntios “fortes”, que não tinham qualquer intenção de manter comunhão com os demônios, que era a atitude deles em participar nos festivais do templo que contava ao final. Era a força do ato em si que acabaria por estabelecer comunhão com os demônios.[4]

2. Era lícito comer carne comprada no mercado público? Sim, responde Paulo. Compre e coma, sem nada perguntar (1 Co 10.25). A carne já não está no ambiente de culto pagão. Não mantém nenhuma relação especial com os demônios, depois que saiu de lá. Está “limpa” e pode ser consumida.

3. Era lícito comer carne na casa de um amigo idólatra? Sim e não, responde Paulo. Sim, caso não haja, entre os convidados, algum crente “fraco” que alerte sobre a procedência da carne (1 Co 10.27). Não, quando isso ocorrer (1 Co 10.28-30).

O ponto que desejo destacar é que para o apóstolo Paulo a carne que havia sido sacrificada aos demônios no templo pagão perdia a “contaminação espiritual” depois que saia do ambiente de culto. Era carne, como qualquer outra. É verdade que ele condenou a atitude dos “fortes” que estavam comendo, no próprio templo, a carne sacrificada aos demônios. Mas isso foi porque comer a carne ali era parte do culto prestado aos demônios, assim como comer o pão e beber o vinho na Ceia é parte de nosso culto a Deus. Uma vez encerrado o culto, o pão é pão e o vinho é vinho. Aliás, continuaram a ser pão e vinho, antes, durante e depois. A mesma coisa ocorre com as carnes de animais oferecidas aos ídolos. E o que é verdade acerca da carne, é também verdade acerca de fetiches, roupas, amuletos, estátuas e objetos consagrados aos deuses pagãos. Como disse Calvino,
Alguma dúvida pode surgir se as criaturas de Deus se tornam impuras ao serem usadas pelos incrédulos em sacrifícios. Paulo nega tal conceito, porque o senhorio e possessão de toda terra permanecem nas mãos de Deus. Mas, pelo seu poder, o Senhor sustenta as coisas que tem em suas mãos, e, por causa disto, ele as santifica. Por isso, tudo que os filhos de Deus usam é limpo, visto que o tomam das mãos de Deus, e de nenhuma outra fonte.[5]


[1] Note que Paulo não teve qualquer problema em anunciar o decreto em Antioquia, o que produziu muito conforto entre os irmãos (At 15.30-31).
[2] Não somente Paulo, mas os cristãos em geral tinham esse conceito. João escreveu: “Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar” (Ap 9.20).
[3] Cf. Charles Hodge, A Commentary on 1 & 2 Corinthians (Carlisle, PA: Banner of Truth, 1857; reimpressão 1978) 193.
[4] Hodge (1 & 2 Corinthians, 194) chama a nossa atenção para o fato de que o mesmo princípio se aplica hoje aos missionários que, por força da “contextualização”, acabam por participar nos festivais pagãos dos povos. Semelhantemente, os protestantes que participam da Missa católica, mesmo não tendo intenção de adorar a hóstia, acabam cometendo esse pecado, ao se curvar diante dela.
[5] João Calvino, Exposição de 1 Coríntios, em Comentário à Sagrada Escritura, trad. Valter G. Martins (São Paulo: Paracletos, 1996) 320

O QUE ACONTECE QUANDO UM GRUPO ABRE MÃO DO SEU CONFORTO


O QUE ACONTECE QUANDO UM GRUPO ABRE MÃO DO SEU CONFORTO


                Durante essa semana recebemos um grupo de seis americanos. O que eles tinham de especial? Nada, além da disposição. Um casal de empresários e quatro adolescentes. Não são atletas e muito menos teólogos. Não falam português, apesar de se esforçarem para aprender. Nada demais. Apenas abriram mão das férias de verão (sim, lá está fazendo calor) para servirem a Deus em nosso país por dez dias.

            O resultado? Cerca de trinta crianças e adolescentes puderam, em meio às brincadeiras e esportes, aprender que existe um Deus interessado em se relacionar com elas. Um grupo de vinte pessoas da terceira idade da cidade foi impactado pela simpatia dos americanos que vieram ao Brasil falar do amor de Cristo. Dez meninas da ginástica ouviram o evangelho contado por meninas americanas. Funcionários do jornal mais importante de Socorro conversaram e conheceram a missão desse grupo. Como fruto desse contato, há uma possibilidade de seis mil pessoas saberem através de uma reportagem, que existe alguém interessado em despertar a atenção para Deus.

            Mais uma vez, o que há de especial nesse grupo? Nada, além da disposição.
            Quando abrimos mão do nosso conforto e segurança a fim de servir a Deus, não importa quão qualificados somos, mas sim o quanto estamos dispostos.

            Você pode abrir mão do seu conforto e servir a Deus em algum ministério da igreja, fazendo uma viagem missionária, usando seu tempo livre para falar de Cristo a amigos, distribuir folhetos evangelísticos, entregar cestas básicas. Enfim, basta abrir mão do seu conforto que você vai se surpreender com o que Deus faz com pessoas que se dispõem a Ele.

            Quantas pessoas foram impactadas pela sua vida essa semana? Será que você está confortável demais?

Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus. 
(At 20:24)


Pr. Ricardo

quarta-feira, 18 de julho de 2012

OS PREGADORES DE TELEVISÃO


OS PREGADORES DE TELEVISÃO


                Algumas vezes, alguns irmãos comentam que assistem às pregações na televisão. Dizem que assistem com espírito crítico, separando o que é bom do que é ruim. Como saber se uma pregação é “de Deus” ou não? Quero refletir sobre o que devemos avaliar nas pregações, seja de televisão, rádio ou mesmo ao vivo:

            1º. É BÍBLICA? Sempre compare as palavras do pregador com a Bíblia. Ela é a única fonte confiável. Se uma palavra vai contra o ensinamento bíblico, desconsidere a pregação. CUIDADO! Para a pregação ser bíblica não basta apenas citar textos bíblicos. Eles precisam ser interpretados respeitando o contexto em que estão inseridos. Saber quem escreveu, para quem escreveu e porque escreveu, nos ajuda a chegar à interpretação correta do texto.

“Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo.” (At 17:11).

            2º. APONTA PARA CRISTO? Jesus Cristo é a mensagem principal da Bíblia. Somente por meio dEle chegamos a Deus. Por isso, se Ele não é lembrado, a mensagem se torna incompleta.

“E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele (Jesus) em todas as Escrituras.” (Lc 24:27).
 “... nós, porém, pregamos a Cristo crucificado...” (1Co 1:23; cf 2Co 4:5).

            3º. GLORIFICA A DEUS? Ou seja, aponta Deus como o responsável por tudo e o objetivo de todas as coisas? Existem muitas pregações que colocam Deus à disposição do homem, e que tem por obrigação abençoá-lo com bênçãos desse mundo temporário (dinheiro, saúde e vitórias sobre o sofrimento). Essas devem ser ignoradas. Deus é o centro de toda a criação! Até a salvação que temos em Cristo é para a Sua glória!

“Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém.” (Rm 11:36).

“Porque Deus... em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo... para o louvor da sua gloriosa graça...” (Ef 1:4-6).

            4º. PREGA MUDANÇA DE CARÁTER? Muito se prega sobre mudança de nível social e prosperidade. Quase nunca o arrependimento e abandono do pecado são citados. A pregação bíblica deve exortar o homem à santidade!

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. (II Tm 3:16-17).

            Esses requisitos nos ajudam a evitarmos os enganos dos falsos mestres. Incentivo você a se aprofundar no conhecimento bíblico, a fim de evitar as ciladas do falso evangelho.

“O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro.” (Ef 4:14).

Pr. Ricardo

quarta-feira, 11 de julho de 2012

VÍDEO- Quando Deus muda drasticamente nossos planos

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. 
 Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
 (Rm 8:28-29)





terça-feira, 10 de julho de 2012

POR QUE AS PESSOAS BOAS MORREM?


                
                Nos anos que passei na PIBA, tive experiências tristes ao perder pessoas muito amadas por toda igreja. A primeira perda foi um líder de adolescentes que faleceu em um acidente de carro. Depois, em um período curto (alguns meses), três líderes da igreja faleceram. Dois pela mesma doença e outro foi brutalmente assassinado. Uma jovem morreu de forma inesperada. Uma adolescente e uma menininha faleceram depois de um período de luta contra o câncer.

            Lembro que às vezes a igreja estava assustada e se perguntava como Deus permitiu isso. Você já fez essa pergunta? Por que Deus leva crentes fiéis (essa é minha definição para “pessoas boas” do título), às vezes de forma repentina, ou cedo demais aos nossos olhos?

            “Os homens justos morrem, e ninguém dá importância. Morrem cedo os que obedecem a Deus, e ninguém se incomoda ou procura saber por quê...” (Is 57:1- VIVA).

            Na verdade, esse tipo de questionamento mostra o quanto valorizamos esse mundo. Achamos que estar aqui é o melhor para as pessoas. Um prêmio para aquelas que vivem fielmente a Deus. Mas a verdade é o contrário.

“... homens piedosos são tirados, e ninguém entende que os justos são tirados para serem poupados do mal.
Aqueles que andam retamente entrarão na paz; acharão descanso na morte.” (Is 57:1-2- NVI).

            Esse texto mostra que quando Deus leva um justo é a melhor coisa que lhe poderia acontecer! Essa pessoa não mais sofrerá com esse mundo caído, e vive na eternidade com Deus, no céu, no paraíso (Ap 21:1-4)!

            Quando entendermos que esse mundo é passageiro, que nossa pátria está no céu (Hb 11:13-16), então não vamos mais questionar quando um crente morrer, mas vamos agradecer pelo livramento que ele recebeu. Lembrar disso não vai só nos consolar na morte do justo, mas nos ajudar a viver desapegados a esse mundo (Mt 6:19-21).

Pr. Ricardo

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Bullying Musical na Igreja



Leon Neto: Bullying musical
O Fantástico mostrou não faz muito tempo, um quadro bem interessante, sobre uma adolescente que vinha sendo constantemente zombada pelos seus colegas de classe, por conta de seu gosto musical. A jovenzinha é fã ardorosa do cantor sertanejo Luan Santana, algo aparentemente imperdoável por seus colegas que a achincalhavam a todo o momento.

A reportagem chamou o comportamento dos estudantes de “bullying musical” numa referência aos casos de abusos e agressões comuns em escolas americanas, tão retratados em filmes e documentários. Dessa vez, porém, a motivação não foi racial, física, ou de classe social, mas baseou-se aparentemente apenas no gosto musical DA moçoila.

Depois de ver a reportagem, fiquei pensando sobre o meio evangélico e sobre alguns outros tipos de bullying musical que já vivenciei. Em alguma igrejas, parece que a situação é invertida; critica-se não quem gosta de determinada banda ou cantor, mas sim a quem não gosta ou tem restrições de qualquer tipo. E vou mais longe; em alguns casos, não basta gostar, mas exige-se por parte dos ministros de louvor quase que uma copia perfeita e dublada do artista ou banda em questão. Parece que as pessoas querem ver em suas igrejas exatamente o mesmo modelo que veem no YouTube ou que ouvem em seus Ipods. A escolha das músicas se baseia mais no gosto pessoal e no modismo do que na necessidade doutrinaria do momento.

Certos grupos tem se tornado quase que ídolos para algumas pessoas; tanto que parece que esses desligam o cérebro e não se dão ao trabalho de refletir nas letras das canções para ver se há coerência bíblica. E o pior é que muitas vezes não há.

Eu mesmo já sofri esse tipo de bullying invertido. Fui duramente criticado várias vezes por não incluir músicas dessa ou aquela banda no louvor DA igreja. Se as queixas viessem por razões teológicas, eu ficaria até feliz e mudaria minha posição; mas na maioria das vezes, as pessoas queriam apenas ver suas preferências sendo aceitas e ouvir na igreja as “mais, mais das paradas de sucesso”.

Certamente que gosto não se discute; mas o que está em questão aqui não é gosto pessoal. Que cada um entupa seus ipods e laptops com o gênero e estilo musical que bem entender; mas no louvor congregacional deve imperar equilíbrio, conteúdo bíblico e profundidade teológica. Se tudo isso puder ser apresentado de uma forma criativa e atraente , ótimo; mas, louvor não é entretenimento. Devemos procurar agradar à Deus e não às pessoas. No louvor, gosto musical é aspecto secundário. Ou pelo menos deveria ser. Se o louvor não contribui para edificação DA igreja, fortalecimento DA fé e convicção evangelística, então existe algo de errado e OS valores estão invertidos.

Bullying é sempre burro, injusto e irracional. Até mesmo quando é musical.

Um abraço,

Leon Neto




CINEMÚSICA: Leon Neto é mestre em musicologia pela Universidade de Campbellsville e Doutorando em Pedagogia Vocal pela Universidade Shenandoah. Atualmente atua como professor no departamento de Louvor na Liberty University.
Fonte: