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terça-feira, 27 de agosto de 2013

DISPOSIÇÃO Uma lição aprendida com as igrejas ribeirinhas do rio Mari Mari


DISPOSIÇÃO

Uma lição aprendida com as igrejas ribeirinhas do rio Mari Mari

                Se você fosse para uma comunidade no meio da floresta amazônica, o que esperaria encontrar? Animais selvagens como jacarés, cobras, onças e milhares de milhares de pernilongos e outros insetos. Pessoas que vivem sem nenhuma tecnologia, vivendo da pesca, caça e agricultura. Talvez uma igreja formada por líderes com pouco conhecimento bíblico e teológico, que mal conseguem comunicar com clareza os princípios eternos da Palavra.

            Foi exatamente com essa expectativa que fui participar do Núcleo Pregue a Palavra (curso de estudo e exposição bíblica) com pastores e líderes de igrejas das comunidades ribeirinhas do rio Mari Mari.

            Para minha surpresa, em três dias não vi nenhum animal que eles mostram na televisão. Vi apenas um porquinho selvagem, que era o bichinho de estimação de uma garotinha, e vi de longe, com uma lanterna, o reflexo de um par de olhos de jacaré, próximo da comunidade onde estávamos. Eles também têm menos mosquitos que nossa cidade!

            As comunidades ribeirinhas já estão recebendo luz elétrica. As mais distantes possuem um gerador. As escolas e postos médicos são compostos por profissionais ribeirinhos, que estudaram nas faculdades da capital e retornaram para trabalhar onde nasceram. Algumas também têm sinal de internet.

            No grupo que participou do Pregue a Palavra, percebi um bom conhecimento bíblico e teológico. Eles comunicam com clareza a mensagem bíblica e são fiéis às Escrituras. Superam em muito alguns pastores de grandes centros urbanos.

            Isso me fez pensar: como eles chegaram nesse nível, mesmo vivendo em um lugar de difícil acesso e com pouco ou nenhum acesso à informação (seminários, livros e internet)?

            Primeiro: porque alguém foi até lá e investiu na vida dos ribeirinhos. Não só pregando o evangelho, mas também discipulando os convertidos e investindo pesado na formação de líderes para igreja local. Desses, conheci a missão Seara e Seminário Flutuante, ministérios da Palavra da Vida Norte ( http://www.pvnorte.com.br/seara/ ).

            Segundo: apesar da dificuldade de acesso ao estudo, existe disposição dos cristãos ribeirinhos em crescer no conhecimento bíblico. Essa disposição os fazem ultrapassar as barreiras da inacessibilidade para chegar à maturidade cristã.

            Essa realidade me fez refletir em nossa igreja, também em duas áreas:

            Primeiro: vale a pena investir em ministérios como esses da Palavra da Vida Norte, pois os resultados são fantásticos. As igrejas dos ribeirinhos estão muito bem servidas com pastores muito bem formados e capacitados para transmitirem com fidelidade a Palavra. Temos sim que investir na evangelização. Mas é também extremamente importante investir na formação de líderes que vão discipular os alcançados. Se não, serão crentes superficiais e imaturos.

            Segundo: como cristãos vivendo em uma região onde temos fácil acesso ao conhecimento (cursos, livros, internet e discipuladores), como temos nos empenhado em crescer no estudo da Bíblia?

            “Ah, mas os ribeirinhos não tem a correria da cidade, eles têm muito tempo!”- alguém poderia dizer. Mas não percebem que eles precisam produzir sua própria comida, seja pescando, caçando ou trabalhando na roça; e mesmo assim precisam ir ao supermercado de tempos em tempos (e cada vez que vão, perdem um ou dois dias de viagem de barco), fazer visitas, cuidar de toda estrutura da igreja, inclusive a construção; e ainda, o dia para eles termina no por do sol, apesar da luz elétrica.

            O que eles têm que nós não temos? Disposição. A tecnologia nos tornou preguiçosos. Por isso, nos contentamos com o ensino que recebemos aos fins de semana na igreja, mas quase nunca lemos um livro ou estudamos um assunto bíblico.

            Essa experiência me fez refletir sobre isso. Não são as dificuldades de acesso que me impedem de conhecer mais a Deus e Sua Palavra, mas sim minha indisposição. Que Ele nos incomode com o exemplo dos nossos irmãos ribeirinhos do rio Mari Mari.

Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti.
Bendito sejas, Senhor! Ensina-me os teus decretos.
Com os lábios repito todas as leis que promulgaste.
Regozijo-me em seguir os teus testemunhos como o que se regozija com grandes riquezas.
Meditarei nos teus preceitos e darei atenção às tuas veredas.
Tenho prazer nos teus decretos; não me esqueço da tua palavra.
Trata com bondade o teu servo para que eu viva e obedeça à tua palavra.
Abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua lei.
Sou peregrino na terra; não escondas de mim os teus mandamentos.
A minha alma consome-se de perene desejo das tuas ordenanças.
(Salmos 119:11-20)


Pr. Ricardo

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

VOCÊ JÁ COMPROU SEU CAIXÃO?


VOCÊ JÁ COMPROU SEU CAIXÃO?

“Certamente você morrerá!” (Gn 2:16)

         Essa foi a certeza que Deus deu ao homem, caso ele decidisse desobedecê-Lo. E ele desobedeceu.

“Porque o salário do pecado é a morte...” (Rm 6:23)

         A morte é o resultado natural do pecado. Se você tem pecado, vai morrer.

“Não há nenhum justo, nem um sequer... Todos pecaram...” (Rm 3:10, 23)

         Logo, todos estão condenados à morte!

Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará". (Gn 3:19)

Os anos de nossa vida chegam a setenta, ou a oitenta para os que têm mais vigor...” (Sl 90:10)

         O povo leto (Letônia) mais antigo tem um costume: Eles deixam o próprio caixão pronto ainda em vida. Separam a roupa que querem vestir ao serem enterrados e deixam os detalhes do velório prontos.

         Para nós brasileiros, é um costume estranho; até macabro. Para alguns, só o assunto “morte” já traz medo, por isso preferem nem pensar sobre isso.

         Mas não precisamos mais temer! A morte, consequência do pecado, que significa separação eterna de Deus, foi vencida por Cristo na cruz!

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça (morra), mas tenha a vida eterna. (Jo 3:16)
Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso? " (Jo 11:25-26)

"Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão (instrumento de tortura)? "O aguilhão da morte é o pecado...
Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.  (II Co 15:55-57)

         Quem crê na obra de Cristo na cruz não tem medo de morrer!

“No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo...” 
(I Jo 4:18)

Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte. 
(Hb 2:14-15)

         Muitos me dizem “o crente sabe que por causa de Cristo vai para o céu, mas ainda assim não quer morrer”. Isso acontece porque não meditamos em como a eternidade com Deus será maravilhosa!

Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou". (Ap 21:4)

         Quando fizermos isso, teremos a mesma reação de Paulo:

“porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro... desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor...” (Fp 1:21,23)

         Você tem medo de morrer? Você sabe para onde vai depois da morte? Medite sobre esses textos, faça a escolha certa, e depois escolha o seu caixão.


Pr. Ricardo

terça-feira, 13 de agosto de 2013

COMO SER UM BOM PAI?


                Será que existe alguma fórmula ou padrão para sermos bons pais, mães, conselheiros ou discipuladores? 

              Eu creio que sim. Um dos textos que eu mais gosto na Bíblia nos dá passo a passo como podemos ajudar a próxima geração a conhecer e amar a Deus:

Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. (Dt 6:5)

         O primeiro e mais importante passo é amar a Deus. Mas amar com tudo o que você é e tem! Se você não ama a Deus dessa forma, e tentar ensinar alguém a amá-Lo, será chamado de hipócrita. Sua devoção será pura religião e legalismo.

         Lembre-se, o amor não é um sentimento. Não espere sentir amor a Deus. Ame. O amor é uma decisão. Uma decisão que deve ser tomada todos os dias, em todas as situações em que você tem que  escolher entre amar a si ou a Deus.

          Só o fato de amar Deus assim, isso já influenciará seus filhos, netos, amigos e próximos.

Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. (Dt 6:6)

         Você precisa conhecer e praticar a vontade de Deus que está revelada em Sua Palavra. Na verdade, é impossível amá-Lo sem obedecê-Lo (Jo 14:23-24). Seus filhos precisam ver que você vive aquilo que ensina.

Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.
(Dt 6:7)

         Se você quer ensinar seus filhos a amarem a Deus, precisa aproveitar todas as oportunidades para ensiná-los. Se você deixar isso apenas para a igreja ou para o culto doméstico, eles vão entender que Deus é apenas uma religião, para um momento específico, e não tem nada a ver com nosso dia a dia.

         Ore o tempo todo com eles. Aproveite as situações da rua, os filmes e programas de televisão para discutirem sobre o que a Bíblia ensina sobre o que veem. Ensine-os a pensarem biblicamente!

Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. (Dt 6:8)

         Alguns judeus fazem isso literalmente. Em determinados horários do dia, eles colocam na mão e na testa um pedacinho de couro com esses versículos escritos e fazem suas orações.

         Creio que o princípio aqui é mais profundo que isso. O sinal (a Palavra de Deus) nos braços, significa que tudo o que você faz, deve ser para honrar a Deus (I Co 10:31, Cl 3:23); e na testa, tudo o que você pensa, deve agradá-Lo (Fp 4:8).

Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões. (Dt 6:9)

         Deixe claro a seus filhos, que você e sua casa servirão ao Senhor (Js 24:15), e mesmo que estejam longe, Ele continuará com vocês (Hb 13:5).

         Essa é a fórmula para ser um bom pai. O padrão de Deus para o pai é alto demais! Isso só deixa mais claro, que só seremos bons pais se dependermos dEle (Jo 15:5), inclusive contando com Sua graça para nos perdoar e pedir perdão aos nossos filhos. E o resultado vale a pena!

Aleluia! Como é feliz o homem que teme o Senhor e tem grande prazer em seus mandamentos!  Seus descendentes serão poderosos na terra, serão uma geração abençoada, de homens íntegros. (Sl 112:1-2)


Pr. Ricardo

terça-feira, 6 de agosto de 2013

ORGULHO- O PECADO QUE CAUSA NÁUSEA EM CRISTO- Uma reflexão sobre a igreja de Laodicéia (Ap 3:14-22)



        Gosto de assistir a um programa na televisão, onde um chefe de cozinha tenta ajudar a reerguer restaurantes à beira da falência. Ele sempre tem uma crítica sobre os pratos que estão sendo servidos. Mas em um episódio ele chegou a vomitar a comida que experimentou. Imagine como ficaram o dono e o cozinheiro desse restaurante!

            Nas cartas de Cristo às sete igrejas da Ásia (Ap 2-3), vemos algo parecido. Ele faz uma análise de cada igreja, e em quase todas elas são identificadas áreas que precisam ser trabalhadas. Mas na última carta, Jesus tem náuseas do que vê.

Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca. (Ap 3:15-16)

            Aqui, a causa da náusea é porque a igreja não é fria e nem quente, mas é morna. Alguns dizem que isso se refere à igreja nem desprezar totalmente o evangelho (frio) e nem vivê-lo com vontade (calor). É uma igreja indiferente (morna).

            Outros dizem que é uma referência ao contexto geográfico de Laodicéia, que ficava em um circuito das águas. Havia cidades vizinhas com águas quentes, com valores medicinais, e cidades com águas frias, um refrigério nos dias de calor. Mas as águas de Laodicéia eram mornas, sem valores medicinais e de refrigério. Assim era a igreja, sem utilidade para aqueles que buscavam um remédio para seu pecado ou refrigério para uma vida sem esperança.

            O que fica claro no texto é a razão para essa igreja estar a ponto se ser vomitada pelo próprio Senhor Jesus:

Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada. Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu. (Ap 3:17)

            A igreja era orgulhosa e arrogante. Ela não reconhecia que precisava de ajuda. Talvez se sentisse como modelo para outras igrejas. Mas a reação de Cristo mostra o contrário.

            Assim somos nós quando nos sentimos espirituais. Começamos a comparar nossa espiritualidade com a dos outros. Ouvimos as pregações bíblicas pensando em como será útil para meu irmão ao lado. Não aceitamos nenhum tipo de crítica e repreensão. Nossa boca não consegue proferir a palavra “perdão”.

            Nosso orgulho nos faz acreditar que está tudo bem no nosso casamento, na educação dos nossos filhos ou no nosso relacionamento com Deus. Se identificamos algum pecado, conseguimos justificá-lo ou jogar a culpa em outra pessoa ou circunstância. Pedir ajuda? Jamais!

            Esse tipo de atitude causa náuseas ao nosso Salvador, por que o orgulho nos faz considerá-Lo dispensável: não precisamos do Seu perdão, da Sua palavra, da Sua igreja, do Seu poder, graça e misericórdia.

"Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes". (Tg 4:6)

"Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores".  (Mc 2:17)

            Por isso Cristo não fazia parte daquela igreja. Ele se coloca no texto como alguém que está do lado de fora da porta, esperando a igreja reconhecer a necessidade por Ele.

Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo. (Ap 3:20)

            Em Sua graça e misericórdia, Cristo espera abrirmos a porta de nossas vidas, com arrependimento e humildade, a fim de, através de um relacionamento sincero com Ele, permiti- Lo que mostre que não somos perfeitos, mas miseráveis, que apenas nELe, seremos ricos e perdoados.

            Para refletir: você tem agido como a igreja de Laodicéia? Você reconhece sua necessidade da graça e perdão de Cristo todos os dias e em todas as áreas? Como isso é refletido no seu relacionamento com outras pessoas?

Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás. (Sl 51:17)


Pr. Ricardo