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quarta-feira, 3 de julho de 2013

UMA REFLEXÃO SOBRE A REPORTAGEM DO FANTÁSTICO (23/06): A “LEI DA PALMADA”


               No último domingo (23/06) o “Fantástico” apresentou uma reportagem tendenciosa sobre a “Lei da Palmada”. Ou seja, a forma de apresentá-la, faz com que os que não têm espírito crítico (nem bíblico) concordem com a posição deles.

            Primeiro mostraram um quadro, onde Jesus era disciplinado por Maria, sua mãe; e enquanto era disciplinado, sua auréola caía. A mensagem é: a disciplina física tira a inocência da criança. Em seguida, mostrou diversos casos de espancamento de crianças. Conclusão deles: nenhum tipo de disciplina física deve ser autorizada por lei; por isso a urgência para a aprovação da  “Lei da Palmada”.

            Seguem algumas reflexões:

            1- Jesus nunca precisou ser disciplinado, pois segundo a Bíblia, nunca pecou:

Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. (Hebreus 4:14-15)

"Ele não cometeu pecado algum, e nenhum engano foi encontrado em sua boca". 
(1 Pedro 2:22)

            2- A ideia do quadro (ignorando que o menino representado seja Jesus) é que quem tira a inocência da criança, É QUEM DISCIPLINA, e não o erro (pecado) que ela cometeu para ser disciplinada! Ou seja, é uma apelação à impunidade, baseando-se no mito de que a criança é inocente, sem pecado:

O Senhor ...  disse a si mesmo: ... o seu coração é inteiramente inclinado para o mal desde a infância. (Gênesis 8:21)

Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe. 
(Salmos 51:5)

            3- A Bíblia é totalmente contra espancamento e violência física e verbal contra crianças ou outras pessoas de qualquer idade:

"Quando vocês ficarem irados, não pequem".
Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade.
(Efésios 4:26-27, 31)

Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. (Gálatas 5:22-23)

            4- Entendo que a motivação da “Lei da Palmada” é lutar contra a violência à criança. E de fato, até mesmos cristãos, no momento de ira, disciplinam seus filhos além do limite. Isso deve ser combatido! Não concordo, porém que a lei proíba a disciplina bíblica:

A) MOTIVADA SEMPRE PELO AMOR E NÃO PELA RAIVA

... o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem.
(Provérbios 3:11-12)

Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo.
(Provérbios 13:24)

B) VISANDO A CORREÇÃO E PROTEÇÃO FUTURA

A insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a livrará dela.
(Provérbios 22:15)

Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá.
Castigue-a, você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura. (Provérbios 23:13-14)
A vara da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe. (Provérbios 29:15)

Discipline seu filho, e este lhe dará paz; trará grande prazer à sua alma. 
(Provérbios 29:17)

Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade.
Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados. (Hebreus 12:10-11)

            5- Uma reportagem honesta entrevistaria milhares de pessoas que foram disciplinadas fisicamente em amor quando crianças, e hoje não sofrem traumas, mas são gratas aos seus pais por não lhes pouparem a correção.

            CONCLUSÃO: a disciplina bíblica não é espancamento! A punição de pais violentos não deve atingir aqueles que amam seus filhos, e por isso os disciplinam.


Pr. Ricardo

Um comentário:

  1. Minha pequena experiência diz que devemos falar bem mais sobre isso para nossos irmãos e irmãs, cujas mentalidades tendem aos dados da psicologia sem perceberem que a mesma não chega nas raízes dos problemas do coração.

    Certa vez escrevi algo sobre a vara, depois de ver uma reportagem televisiva: http://www.todahelohim.com/2009/12/vara-intrumento-divino-da-disciplina.html

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