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terça-feira, 11 de março de 2014

VOCÊ INVESTE NA COMUNHÃO DA IGREJA? - Reflexões sobre o retiro


Eu cresci dentro da igreja. Desde cedo, na minha infância, eu frequento retiro das igrejas as quais eu pertenci. Não me lembro de nenhum período de carnaval que passei em casa. Mas sempre foram retiros com grupos da minha idade. Aqui, em nossa igreja é diferente. Nossos retiros envolvem a igreja toda, todas as idades. Isso é fantástico! Ver adolescentes conversando com adultos, jovens cuidando de crianças, e idosos participando das programações com os mais novos.

            Creio que esse retiro nos deu uma oportunidade de vivermos mais intensamente o que é o Corpo de Cristo, pois tivemos que conviver juntos por quatro dias, estudando a Palavra, trabalhando e nos divertindo juntos. Por isso, não tenho dúvida de que o retiro é um importante investimento de nossa igreja. Voltamos desse tempo mais animados e mais unidos!

            Por outro lado, como pastor, fico preocupado com aqueles que não participaram. Não quero dizer que quem não foi está em pecado, ou que não se importa com a igreja. Apenas quero causar uma reflexão: Por que não foi? A resposta e suas implicações devem ser tratadas com Deus.

Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum.
Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. (At 2:44, 46-47)

            Vemos na Palavra que a igreja primitiva vivia uma comunhão extraordinária! Comunhão significa participar da vida do irmão! Estarmos unidos! É sermos um em Cristo!

            Por isso fico pensando: será que os crentes daquela época não tinham outras responsabilidades como trabalho e família? Será que havia idosos, que não tinham tanta disposição e vigor físico? Será que havia pessoas com crises financeiras? Sim! Com certeza! Mas me parece, pela descrição do texto, que pertencer ao Corpo de Cristo era tão empolgante, que eles priorizavam o estar com a igreja. Eles abriam mão de gostos pessoais, de conforto, de outros compromissos para estarem com a igreja.

            A comunhão da igreja não é algo natural. Ela não nasce por acidente. Não! Ela é intencional! É preciso querer e investir para se alcançar a comunhão! É preciso abrir mão de algumas coisas para poder vivê-la! Uma igreja onde cada membro vive o seu mundinho, e se reúne uma ou duas vezes por semana, não vive a comunhão! É como tomar o mesmo ônibus todos os dias para o trabalho. Você encontra as mesmas pessoas sempre. Pode até cumprimentá-las, ou quem sabe ter uma conversa superficial, mas não tem comunhão. Não sabe o que elas passam em casa. Não sabe das lutas que lutam. São conhecidos, não amigos ou irmãos.

            Por isso me preocupo! Não podemos deixar nossa igreja se tornar um agrupamento de conhecidos, mas sim uma família! De fato, nossa igreja é conhecida pela comunhão! Muitos nos visitam e saem impressionados com o sentimento de família que cultivamos. Mas temo que nem todos têm participado disso. E como pastor, não posso conformar-me com isso. Alguns até acusam que não são bem recebidos, mas estes não se esforçam. Aparecem uma vez ou outra nas atividades da igreja e não dão oportunidades para que relacionamentos profundos sejam cultivados.
            Mais uma vez, não quero afirmar que quem não participou do retiro tem essa má intenção. Sei de alguns que realmente não puderam ir. Mas quero, com essa pastoral, refletir sobre como temos nos esforçado e priorizado a comunhão da igreja.
            Essa questão é tão séria, que uma das cartas mais duras da Bíblia, que trata da apostasia (abandono da fé), exorta seus leitores:

Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia. (Hb 10:25)

            Isso não se trata apenas do culto dominical. Mas de toda oportunidade que a igreja tem de estar reunida, como um retiro, que acontece uma vez por ano, sempre na mesma data.

            Que possamos crescer ainda mais na comunhão, para que a família seja mais unida, o Corpo de Cristo cresça forte e saudável, e Deus seja glorificado por isso!


Pr. Ricardo

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