No nosso Brasil a grita é geral: A impunidade prolifera e com
isso os desmandos, roubos e assassinatos. As leis são feitas para favorecer a
corrupção e os poderosos, que conhecem muito bem os caminhos da impunidade com
seus advogados muito bem pagos, não têm receio da lei e assim, fazem e desfazem
o que querem. Creio que em poucas palavras refleti o pensamento da população
honesta do nosso país.
Esse sentimento
de impunidade não estaria também contaminando a igreja? Parece que sim, pois o
temor que deveríamos ter diante de um Deus que disciplina seus filhos, parece
estar desaparecendo. O mundão está invadindo com o seu liberalismo, dizendo que
nada pode ser proibido e que você tem o direito de ser feliz do jeito que bem
entender. O mais importante é seu desejo, a sua vontade. É você quem decide
traçar o seu jeitão de viver. Deus? Ele não está preocupado com o seu viver,
Ele quer que você seja feliz. Ele é tão grande que não se preocupa com a lisura
do seu viver.
Sinto um clima
de total destemor de muitos vivendo sem priorizar Deus. O destemor é tão grande
que a prioridade não é mais as coisas de Deus. Prioridade é fazer aquilo que me
satisfaz. Igreja? Reuniões de oração? Cultos? Escola Bíblica Dominical? Já não
são prioridades em muitas vidas. O amor a Deus e a sua igreja está se esfriando
mais rápido do que pensávamos. "Devido ao aumento da maldade, o amor
de muitos esfriará" (Mt 24.12). Particularmente, o que mais me
preocupa é a questão do prazer. Culto ou futebol, culto ou formula 1, culto ou
cinema, culto ou reunião de amigos, culto ou o meu prazer?
No fim, acho
que muitos não estão convencidos da impunidade divina. "Mas Deus lhe disse: Louco,
esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? ” (Lc
12.20). Este texto aplica-se mais ao amor ao dinheiro, mas creio que pode
ser bem mais ampliado no que se refere ao nosso tempo, viver, prazer e às
nossas prioridades. A impunidade divina simplesmente não existe. Se somos
filhos, somos disciplinados e não escaparemos da correção do nosso Pai, sempre
para o nosso bem. "Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes
parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos
da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento,
mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para
aqueles que por ela foram exercitados." (Hb 12.10-11). Para
aqueles que estão enganando a Deus, a disciplina será fatal: "Muitos
me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome
não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? Então eu lhes direi
claramente: Nunca os conheci. Afastem- se de mim vocês, que praticam o mal”
(Mt 7.22-23).
Pode existir
impunidade no Brasil, mas impunidade divina não existe! Mesmo sendo filhos, a
disciplina vem e não será nada agradável. “Mais tarde, porém, produz fruto de justiça
e paz. Para aqueles pensam que são e não são, a disciplina será a morte,
separação eterna de Deus. Assim, meus amados, como sempre vocês obedeceram, não
apenas na minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, ponham em
ação a salvação de vocês com temor e tremor” (Fp 2.12).
Pr. Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário