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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

QUEM É NOSSO VERDADEIRO SOCORRO?

MÃE DO PERPÉTUO SOCORRO


       Confesso que fiquei chocado ao saber que em Socorro o dia da “padroeira” é mais importante que o aniversário da cidade. Tanto que no dia dela é feriado, enquanto no dia da cidade é apenas ponto facultativo (isso porque o estado se diz laico... mas isso é outro assunto). Por isso, durante a semana fiz uma pesquisa sobre a “Nossa” (deles) senhora do perpétuo socorro, e gostaria de fazer uma reflexão bíblica sobre o que descobri.

A “mãe do perpétuo socorro” se trata de um quadro pintado por volta do século XV. Diz a lenda que foi pintado pelo próprio Lucas, escritor do evangelho. Nele, vemos a imagem dos “arcanjos” Miguel e Daniel, trazendo os instrumentos que simbolizam a paixão de Cristo: a cruz, os pregos, a lança (que o perfurou depois de morto) e a vara com uma esponja ensopada em vinagre. No centro do quadro, Jesus ainda menino, quando vê os anjos com os instrumentos de tortura se assusta e se agarra na mãe, deixando uma de suas sandálias cair. Enquanto isso, Maria o segura firmemente com um olhar de ternura, sendo o refúgio e socorro do pobre menino indefeso.

            Resumindo, essa semana será comemorado a adoração a um quadro que retrata Jesus como um bebê indefeso, e Maria como a que tem poder de proteger até o Salvador do mundo. Muitos milagres são atribuídos ao quadro, inclusive quando ele foi roubado e recuperado.

            À luz da Bíblia, vamos refletir sobre tudo o que está envolvido nesse feriado. Primeiro a adoração ao quadro (sim, o quadro é que é adorado e venerado):

“Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor, sou Deus zeloso...” (Ex 20:4-5- 2º. Mandamento).

            Sobre Maria ser a protetora de Jesus, vemos uma oração (cântico) feita por ela mesma no evangelho de Lucas 1:47

            “... e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador”.

            Nessa oração vemos que ela também precisa de um Salvador. Quem precisa ser salvo não salva ninguém. Em outra ocasião vemos que Maria foi rejeitada pelo próprio Jesus, pois não havia crido em Sua divindade, mas o achava louco:

“Quando seus familiares ouviram falar disso, saíram para trazê-lo à força, pois diziam:- Ele está fora de si... “

“Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos? Perguntou ele (Jesus)... Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus...” (Mc 3:21, 33-35).

            A Bíblia também nos mostra que durante a angústia que precedia a morte de Cristo, Ele buscou refúgio no único que poderia ajudá-lo, o próprio Deus Pai:

“Ele se afastou a uma pequena distância, ajoelhou-se e começou a orar:- Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua.” (Lc 22:41-42).

            Na verdade, a idolatria desse quadro que exalta Maria, nada mais é do que uma forma de tirar a glória do nosso Salvador Jesus Cristo, e colocá-la sobre ela, uma mulher que foi escolhida pela graça de Deus e não por seus merecimentos. É uma forma de dizer que Maria é maior que Jesus.  O apóstolo Paulo nos mostra que quem está por trás da idolatria é o próprio demônio, que faz de tudo para roubar a glória de Deus:

“Portanto, que eu estou querendo dizer? Será que o sacrifício oferecido a um ídolo é alguma coisa? Ou o ídolo é alguma coisa? Não! Quero dizer que o que os pagãos sacrificam é oferecido aos demônios e não a Deus...” (I Co 10:19-20).

            Se alguém tem essa prática, ignora o fato de Jesus ser o único caminho para Deus (Jo 14:6), e busca em Maria esse caminho. Logo, à luz da Bíblia, essa pessoa está perdida e caminha para o inferno.

            “Porque Deus tanto amou o mundo que deu seu Filho Unigênito (e não Maria), para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna... Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado...” (Jo 3:16,18).

            Que esse feriado seja uma oportunidade para curtir nossa família, dando graças pela salvação (perpétuo socorro) que temos em Cristo, orando e testemunhando para aqueles que ainda não crêem no evangelho.

Pr. Ricardo

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