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terça-feira, 6 de agosto de 2013

ORGULHO- O PECADO QUE CAUSA NÁUSEA EM CRISTO- Uma reflexão sobre a igreja de Laodicéia (Ap 3:14-22)



        Gosto de assistir a um programa na televisão, onde um chefe de cozinha tenta ajudar a reerguer restaurantes à beira da falência. Ele sempre tem uma crítica sobre os pratos que estão sendo servidos. Mas em um episódio ele chegou a vomitar a comida que experimentou. Imagine como ficaram o dono e o cozinheiro desse restaurante!

            Nas cartas de Cristo às sete igrejas da Ásia (Ap 2-3), vemos algo parecido. Ele faz uma análise de cada igreja, e em quase todas elas são identificadas áreas que precisam ser trabalhadas. Mas na última carta, Jesus tem náuseas do que vê.

Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca. (Ap 3:15-16)

            Aqui, a causa da náusea é porque a igreja não é fria e nem quente, mas é morna. Alguns dizem que isso se refere à igreja nem desprezar totalmente o evangelho (frio) e nem vivê-lo com vontade (calor). É uma igreja indiferente (morna).

            Outros dizem que é uma referência ao contexto geográfico de Laodicéia, que ficava em um circuito das águas. Havia cidades vizinhas com águas quentes, com valores medicinais, e cidades com águas frias, um refrigério nos dias de calor. Mas as águas de Laodicéia eram mornas, sem valores medicinais e de refrigério. Assim era a igreja, sem utilidade para aqueles que buscavam um remédio para seu pecado ou refrigério para uma vida sem esperança.

            O que fica claro no texto é a razão para essa igreja estar a ponto se ser vomitada pelo próprio Senhor Jesus:

Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada. Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu. (Ap 3:17)

            A igreja era orgulhosa e arrogante. Ela não reconhecia que precisava de ajuda. Talvez se sentisse como modelo para outras igrejas. Mas a reação de Cristo mostra o contrário.

            Assim somos nós quando nos sentimos espirituais. Começamos a comparar nossa espiritualidade com a dos outros. Ouvimos as pregações bíblicas pensando em como será útil para meu irmão ao lado. Não aceitamos nenhum tipo de crítica e repreensão. Nossa boca não consegue proferir a palavra “perdão”.

            Nosso orgulho nos faz acreditar que está tudo bem no nosso casamento, na educação dos nossos filhos ou no nosso relacionamento com Deus. Se identificamos algum pecado, conseguimos justificá-lo ou jogar a culpa em outra pessoa ou circunstância. Pedir ajuda? Jamais!

            Esse tipo de atitude causa náuseas ao nosso Salvador, por que o orgulho nos faz considerá-Lo dispensável: não precisamos do Seu perdão, da Sua palavra, da Sua igreja, do Seu poder, graça e misericórdia.

"Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes". (Tg 4:6)

"Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores".  (Mc 2:17)

            Por isso Cristo não fazia parte daquela igreja. Ele se coloca no texto como alguém que está do lado de fora da porta, esperando a igreja reconhecer a necessidade por Ele.

Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo. (Ap 3:20)

            Em Sua graça e misericórdia, Cristo espera abrirmos a porta de nossas vidas, com arrependimento e humildade, a fim de, através de um relacionamento sincero com Ele, permiti- Lo que mostre que não somos perfeitos, mas miseráveis, que apenas nELe, seremos ricos e perdoados.

            Para refletir: você tem agido como a igreja de Laodicéia? Você reconhece sua necessidade da graça e perdão de Cristo todos os dias e em todas as áreas? Como isso é refletido no seu relacionamento com outras pessoas?

Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás. (Sl 51:17)


Pr. Ricardo

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