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terça-feira, 10 de novembro de 2015

“MEU CORPO, MINHAS REGRAS?”


       Nessa semana foi lançado um vídeo com a participação de atores brasileiros famosos que, basicamente defende o direito da mulher sobre o seu próprio corpo. É um contra-ataque às ofensas machistas feitas recentemente à um filme que trata sobre o mesmo tema. Mas também debocha da ideia de Jesus ter um nascimento virginal (que não vamos tratar aqui, mas basta ler Mateus 1:18-25 para saber o que cremos), e também defende o direito da mulher em abortar se não quiser um filho. 

            O que a Bíblia fala sobre isso? O aborto é permitido?

         Em primeiro lugar, creio que a epidemia de abortos no Brasil é consequência da imoralidade sexual. Mulheres engravidam com qualquer um, homens que não conhecem ou não dão apoio na criação de um filho. Essas mulheres sem estrutura (emocional, financeira ou de qualquer ordem) optam pelo aborto. Me parece que mulheres casadas que engravidam dos seus maridos são uma pequena minoria na estatística do aborto.

Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. (Gênesis 2:24)

O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros. (Hebreus 13:4)

         Segundo o padrão de Deus, o relacionamento sexual (torna-se uma só carne), vem apenas depois de dois passos: formar uma nova família (deixar pai e mãe) através de um compromisso de viver junto (unir-se a sua mulher), uma aliança. Creio que isso diminuiria muito as razões para uma mulher abortar. Mas também reconheço que um casal, casado, sem um compromisso sério com Deus, teria motivos de sobra (todos egoístas) para abortar.

         Um dos argumentos usados a favor dessa prática, é que o feto, nos primeiros meses, ainda não pode ser considerado um ser humano, e alguns chegam a afirmar que nem tem alma. Mas veja o que Davi afirma:

Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável... Meus ossos não estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir. (Salmos 13914-16)

         Obviamente, assassinato é algo condenado por Deus.

"Não matarás. (Êxodo 20:13)

         Mas, e em caso de violência sexual? Uma mulher que engravida nessa situação tem o direito de abortar? À luz do que conhecemos do evangelho, sobre como Deus nos adotou em Cristo, mesmo sendo pecadores; eu poderia rejeitar uma criança, mesmo que seja concebida nessa situação? De que forma Deus seria glorificado, com o aborto ou com o amor demonstrado à essa criança?

Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade... (Efésios 1:5)

         Talvez o caso mais difícil para mim seja o caso de gravidez de risco para a mãe. A decisão de prosseguir ou não com a gestação é difícil demais. Nesse caso, pessoalmente, creio que a decisão deve ser da mulher.

         Obviamente cada caso é um caso. Mas de maneira geral essa é a orientação bíblica para o aborto. 

            Sobre o tema do vídeo mencionado, “Meu corpo, minhas regras”, ou seja, eu faço com meu corpo o que quiser, é uma contradição, pois a mulher que aborta está decidindo sobre o corpo de outra pessoa. Ela está decidindo interromper a formação do corpo da criança que está dentro dela.

A própria ideia de ter poder sobre nosso próprio corpo não se aplica aos crentes em Cristo:

Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês. (I Coríntios 6:19-20)

         Utilize seu corpo, sua gravidez, para honra e glória de Deus, refletindo Seu amor por nós em Cristo, que deu a Sua vida para que vivêssemos.


Pr. Ricardo

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