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terça-feira, 16 de julho de 2013

“SE EU FOR, EU VOU”



       Na minha adolescência, tínhamos um grupo na igreja bem envolvido com evangelismo. Volta e meia estávamos planejando meios de compartilhar o evangelho. Algumas vezes, porém, esses programas exigiam acordar cedo ou abrir mão de algo que gostávamos. Por isso, na hora de se comprometer, um dos colegas dizia: “se eu for eu vou”. Ou seja, ele “se comprometia com compromisso nenhum”, pois indo ou não, ele cumpria sua palavra.

            Nós vivemos uma época em que ninguém gosta de se comprometer. Ninguém quer casar, se tornar membro de uma igreja ou ser funcionário de ninguém. E se faz um compromisso, não vê mal nenhum em quebrá-lo. Daí vem o divórcio, a apostasia e o esforço para ser demitido.

            Uma vez, falando no contexto de salvação, Jesus contou uma parábola que ilustra a falta de comprometimento:

"O que acham? Havia um homem que tinha dois filhos. Chegando ao primeiro, disse: ‘Filho, vá trabalhar hoje na vinha’.
"E este respondeu: ‘Não quero! ’ Mas depois mudou de ideia e foi.
"O pai chegou ao outro filho e disse a mesma coisa. Ele respondeu: ‘Sim, senhor! ’ Mas não foi. 
(Mateus 21:28-30)

            O primeiro não quis se comprometer, mas depois acabou realizando a vontade do pai. O segundo se comprometeu, mas não cumpriu sua palavra. Nessa passagem, Jesus exalta a atitude do primeiro filho, que realizou a vontade do pai. A lição é: não adianta se comprometer se não vai cumprir.

            Alguns, olhando para essa lição, não querem se comprometer com nada. Eles usam a justificativa de não dar a palavra, pois depois, por falta de condições, teriam que voltar atrás. Nesse caso, com quem poderemos contar? Esse também não é o ideal. O correto é assumir um compromisso e cumpri-lo!

            Creio que isso fica claro no contexto da igreja. Quantas oportunidades de servir nós perdemos, porque não queremos nos comprometer! Irmãos que não tomam a iniciativa de assumir um trabalho, porque se aparecer algo “mais importante”, teria que falhar com a palavra. E usam a desculpa “espiritual” de que é melhor não assumir algo que não tem certeza se vai conseguir cumprir.

            Agora, que tal assumir um compromisso de ministério, e priorizá-lo para cumpri-lo? Conheço um homem assim. Ele assume um ministério que requer grandes investimentos financeiros. E mesmo que ele não consiga levantar fundos para cumprir sua palavra, ele tira do próprio bolso, para não voltar atrás. Isso não honra mais a Deus do que aquele que não assume nada, para não ter que sacrificar nada?

            A grande verdade é essa: não queremos nos sacrificar! Não queremos comprometer nosso tempo de descanso, para que outros ouçam sobre o descanso eterno em Cristo. Não queremos sacrificar nosso tempo em família, para que outros tenham a oportunidade de fazer parte da família de Deus.

            De fato, não seria tanto sacrifício se toda igreja se envolvesse no trabalho, pois não sobrecarregaria ninguém.

            Graças a Deus, pela Sua fidelidade à Seu compromisso (aliança) feita por nós, e cumprida com o sacrifício do Seu próprio Filho, para nossa salvação, que resulta na Sua glória!

Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala, e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir? 
(Números 23:19)

... se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo. 
(I Timóteo 2:13)

            Que possamos refletir Seu compromisso de amor por nós, nos comprometendo em amor pela Sua causa!

            Para refletir: Você é do tipo que não se compromete com medo de ter que se sacrificar para cumprir sua palavra? Ou se compromete e volta atrás por qualquer coisa? Você está compromissado com algum ministério na igreja? Se não, por que não? É uma boa justificativa à luz da cruz (compromisso sacrificial de Deus em Cristo)?

Pr. Ricardo

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