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terça-feira, 23 de julho de 2013

UMA IGREJA “AVIVADA” NEM SEMPRE É UMA IGREJA VIVA


                Recentemente assisti a uma das atividades de uma igreja pela televisão. Eles seguiam rigorosamente uma liturgia (programa de culto). As músicas e as falas eram rigorosamente marcadas. Nada era espontâneo. Eu mudei de canal quando a câmera focou um dos dirigentes, que demonstrando o seu tédio, abriu a boca para bocejar!

            Nossa geração não gosta de formalidades e cultos “frios”. O chamado “carismático” é valorizado em todas as denominações. Um culto ou um pregador que seduz multidões (esse é o significado de carismático) lota igrejas! Quanto mais risadas, palmas ou lágrimas, mais “abençoado” é o culto. Eu gosto de espontaneidade e informalidade. Mas será que isso é uma manifestação de que a igreja é viva?

Conheço as suas obras; você tem fama de estar vivo, mas está morto. (Ap 3:1)

            A igreja de Sardes, em Apocalipse, tinha fama de ser viva. Sua fama era para quem? Talvez para a cidade, ou talvez para as outras igrejas. Nas rodas de conversas, as pessoas comentavam sobre os cultos animados e os programas daquela igreja. Imagino o tamanho do grupo de jovens que eles tinham.

            Mas essa era a fama para a sociedade. Para Cristo, que enxerga além do exterior, e que avalia motivações (Ap 2:23), aquela igreja estava morta. Mas por quê?

“... não achei suas obras perfeitas aos olhos do meu Deus. (Ap 3:2)

            As obras da igreja não eram inteiras (íntegras, perfeitas), ou seja, não eram completamente sinceras, dedicadas totalmente a Deus. Eles dividiam seu amor com Deus e o mundo. No domingo adoravam a Deus, na segunda adoravam ídolos e os prazeres da carne!

Lembre-se, portanto, do que você recebeu e ouviu; obedeça e arrependa-se
(Ap 3:3)

            A igreja que estava morta precisava de um reavivamento. Isso só é possível voltando-se para a Palavra de Deus. Existem muitas igrejas com fama de vivas, ou avivadas, que realizam práticas em seus cultos totalmente contrárias às orientações da Bíblia, como gritaria e bagunça (I Co 14:26-33, 40), falar em línguas estranhas sem intérpretes (I Co 14:1-25), mulheres na posição de pastoras (I Tm 2:11-15), líderes desqualificados (I Tm 3 e Tt 1), falta de tratamento ao pecado (I Co 5:1-13) e frouxidão dos padrões de santidade (I Pd 1:16).

            Como pode ser uma igreja viva, se ela vai contra a Palavra? Uma igreja viva é marcada pela obediência à vontade de Deus e arrependimento (abandono) do pecado.

No entanto, você tem aí em Sardes uns poucos que não contaminaram as suas vestes. Eles andarão comigo, vestidos de branco, pois são dignos. (Ap 3:4)

            Essa verdade se torna cada vez mais impopular: a Bíblia, pura e simples. Ela está cada vez mais sendo desprezada, enquanto métodos de encher igreja estão sendo adotados. São poucos os que não se contaminaram com os movimentos carismáticos anti- bíblicos. Mas aqueles que permanecerem firmes receberão a aprovação de Cristo.

            A questão não é uma disputa entre o tradicional e o carismático, mas sim o bíblico e o não bíblico. Pois aquilo que não procede da Palavra, pode entreter, mas não pode salvar:

O vencedor será igualmente vestido de branco. Jamais apagarei o seu nome do livro da vida, mas o reconhecerei diante do meu Pai e dos seus anjos. (Ap 3:5)

            Vale lembrar aqui, que um culto tradicional não é necessariamente o correto. Basta lembrarmos da igreja de Éfeso (Ap 2:1-7), que apesar da sua seriedade, havia perdido o amor, e estava tão errada quanto.

            O que é uma igreja viva para você? A que tem um culto marcado pela emoção ou pela pregação bíblica transformadora e sem hipocrisia? Se a igreja fosse formada por membros idênticos a você, ela seria viva ou morta?


Pr. Ricardo  

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