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quarta-feira, 16 de abril de 2014

A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE EM NOSSO CORAÇÃO- Quando cremos que nossas “boas ações” obrigam a Deus nos abençoar



Embora eu tenha sido exposto ao evangelho da prosperidade mais cedo em minha vida, eu nunca pensei nele seriamente até ter começado o seminário. Eu comecei a servir em igrejas locais durante meus estudos, e fiquei espantado ao descobrir tantas pessoas sob meu cuidado consumindo material do evangelho da prosperidade via diferentes formas de mídia. Além disso, muitas pessoas pareciam ver seus relacionamentos com Deus como uma relação quid pro quo (expressão latina: tomar uma coisa por outra). Ele era tratado como um velho interesseiro celestial que existia para deixá-las saudáveis, ricas e felizes em troca de serviços prestados.
            No início de minha carreira acadêmica, publiquei em um jornal teológico bastante desconhecido um artigo chamado “The Bankruptcy of the Prosperity Gospel” (A Falência do Evangelho da Prosperidade, em tradução livre).[1] Nele eu tentei sintetizar minhas objeções iniciais à teologia da prosperidade, assim como (se possível) dar direções básicas àqueles cercados pelo movimento do evangelho da prosperidade. Para a minha surpresa, eu recebi imediato feedback sobre minha curta publicação — tanto positivo, quanto negativo. De fato, eu continuo a receber mais feedback sobre aquele artigo do que sobre qualquer coisa que eu tenha escrito.
            Essas duas experiências me fizeram fazer a seguinte pergunta: por que cristãos evangélicos são atraídos ao evangelho da prosperidade? E por que, em geral, tantas pessoas se identificam com ele? Após alguma reflexão e investigação, a resposta à qual cheguei foi surpreendente: o evangelho da prosperidade reside no coração de todos os homens; o evangelho da prosperidade está até mesmo no meu próprio coração.
            Imagine que você está dirigindo para a igreja em uma manhã fria e chuvosa, e para a sua consternação, o seu pneu fura. Qual é o seu pensamento imediato? “Sério, Deus? Estou indo para a igreja. Não há algum traficante de drogas ou um marido abusivo que tu poderias ter afligido com um pneu furado?” Isso é evangelho da prosperidade.
            Ou talvez você não receba aquela promoção no trabalho, seu filho fica doente, ou você é injustamente criticado na igreja. Resultado? Você fica irritado com Deus porque você foi negligenciado, afligido ou menosprezado. Isso é evangelho da prosperidade.
            O próprio pensamento de que Deus nos deve uma vida relativamente livre de problemas, e a raiva que sentimos quando Deus não age da maneira que cremos que Ele deveria agir, mostram um coração que espera que Deus nos faça prosperar por causa de nossas boas obras. Isso é evangelho da prosperidade.
            Pode ser fácil para você apontar os charlatães espirituais na televisão, vendendo suas indulgências modernas, distorcendo passagens bíblicas e nos prometendo o melhor desta terra se simplesmente tivermos fé o suficiente na fé. Mas não se esqueça que o que torna o evangelho da prosperidade tão atrativo é que ele fornece atende aos desejos do coração humano decaído. Ele promete muito, pedindo pouco. Ele cede à carne.
            Embora você possa ser maduro o suficiente para resistir ao evangelho da prosperidade sistematizado dos autodeclarados provedores do movimento, não ignore o evangelho da prosperidade latente que habita dentro de seu próprio coração. O verdadeiro evangelho diz que o que quer que surja no caminho, Jesus é suficiente.
Ele é suficiente para você?
Por: David W. Jones é Professor Associado de Ética Cristã no Southeastern Baptist Theological Seminary.
Tradução: Alan Cristie.  
Copiado de: voltemosaoevangelho.com
Seguem alguns textos para reflexão sobre o tema:

"Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor ". (Jó 1:21)

Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. (Ef 2:8-9)

E, se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse, a graça já não seria graça. (Rm 11:6)

Aquele que lhes dá o seu Espírito e opera milagres entre vocês, realiza essas coisas pela prática da lei ou pela fé com a qual receberam a palavra? (Gl 3:5)


Pr. Ricardo

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